31 agosto, 2006
Hoje, gostaria de prestar homenagem à minha vila preferida do reino de Portugal.
Colares é para mim, lugar de recordações de infância, local de refúgio nas horas de melancolia em que gosto de observar o mar revolto, longas caminhadas na serra, recordação de amores passados e boas amizades.
Quem sabe se não terminarei meus dias por tão belas paragens...
A autoria do vídeo está a cargo de Nuno Saraiva, que possui um interessante blogue sobre esta vila do concelho de Sintra.
30 agosto, 2006
Regresso ao Caldas

Manuel Monteiro regressou hoje à sede do CDS-PP, oito anos depois de ter abandonado a liderança do partido, para apresentar a proposta do Partido da Nova Democracia (PND), a que preside, para um manifesto da direita, onde se defende um "amplo debate" sobre aquela facção partidária. A proposta foi também entregue na sede do PSD.
in Público (29/08/2006)
Em 1995, o CDS/PP foi um dos últimos grandes projectos de refundação da direita portuguesa. Manuel Monteiro, com pouco mais de 30 anos e com uma licenciatura por concluir, revolucionou por completo um partido que se encontrava esquecido. Incompatibilizou-se com alguns quadros mais antigos do CDS, exultava um discurso nacionalista e anti-federalista que me seduziu na época, levando-me a ingressar na política activa pela primeira vez.
A base ideológica arquitectada por Paulo Portas era verbalizada de modo eficaz, por um Monteiro ainda jovem e cheio de sangue na guelra. Mas cedo se percebeu que este projecto tinha pés de barro, e o CDS/PP acabou por ruir devido a graves conflitos de ego dos seus principais líderes.
A paciência nunca foi uma das virtudes de Manuel Monteiro, que preferiu bater com a porta e fundar um micro-partido. Deveria ter feito a sua travessia do deserto e aguardar o melhor momento para regressar ás luzes da ribalta. Hoje, quer protagonizar uma nova refundação da direita nacional e apela insistentemente para o seu antigo partido. Mas Monteiro, esqueceu-se que as actuais linhas ideológicas do CDS/PP estão já bastante distantes de 1995 e que a sua pessoa causa grande incómodo lá para as bandas do Largo do Caldas.
E com estes enredos, vai a direita portuguesa dividindo-se cada vez mais em diversas facções que vivem de costas voltadas e olhando para o seu próprio umbigo. Apesar de tudo, seria com agrado que veria todas estas forças políticas discutirem ideias e alcançar uma plataforma mínima de entendimento para travar a anarquia reinante nesta república socialista.
Morangos do Nordeste

Os grandes ícones da actual mediocridade televisiva portuguesa, encontram-se em Natal-Brasil para realização de filmagens. A produção de Morangos com Açucar volta a apostar num formato que já tinha feito no passado, escolhendo uma locação exótica para terminar a temporada de Verão e mudar o elenco. Esta telenovela de enorme sucesso, grande responsável pelas elevadas audiências da TVI tem propagado uma falsa imagem de rebeldia juvenil. O uso incorrecto da língua portuguesa, a beleza estereotipada, o materialismo e um certo liberalismo sexual são exaltados como valores máximos da sociedade actual.
É urgente repensar os conteúdos televisivos, com um reforço da oferta audiovisual nacional mas produtos deste tipo são claramente dispensáveis, devido ao torpor mental que provocam nos jovens. Será que séries juvenis do passado, como Verão Azul e The Famous Five não poderão ter equivalentes contemporâneos?
Pelos vistos, nem os domínios senhoriais do Visconde de Cunhaú ficaram imunes a este vírus acéfalo! Mas pelo que sabemos, D.Pedro Ferreira já accionou os seus homens de cavalaria com o intuito de seguir por perto todas as acções destes jovens imberbes por terras nordestinas.
http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=6&idmat=148572
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=212388&p=22&idselect=17&idCanal=17
29 agosto, 2006
Só para aventureiros!


Vivemos uma época em que o turismo se democratizou, em virtude dos pacotes de viagem comercializados a preços apelativos. Contudo, nunca fui grande entusiasta deste tipo de viagens massificadas com seus hóteis impessoais e itenerários com horários rígidos.
Sou entusiasta de apenas comprar a passagem aérea e deixar-me guiar pelo prazer da descoberta e das situações inesperadas. Gosto de sentir o quotidiano das populações locais, ser dono do meu próprio tempo e registar histórias memoráveis. Prescindo de luxos e mordomias, pelo prazer de aventura, descoberta de rostos, cheiros e sabores diferentes.
Para estas incursões, sempre me socorri dos guias Lonely Planet que considero dos melhores do mundo. Estes livros são autênticos guias para espiões em missões no exterior, pelo seu rigor e grau de pormenor.
Como ilustração, deixo-vos aqui dois guias imprescindíveis para todos aqueles que nos quiserem fazer uma visita aqui no Forte. Disponíveis na secção de turismo/viagens de qualquer boa livraria.
http://www.lonelyplanet.com/
28 agosto, 2006
O Leão da Estrela

Tendo em conta o início do campeonato nacional e a pedido da numerosa falange sportinguista que habita aqui no Forte, apresentamos esta noite o filme O Leão da Estrela.
Uma daquelas comédias à antiga portuguesa que não nos cansamos de rever...
Anastácio da Silva, sportinguista ferrenho, vai ao Porto assistir à Final da Taça, levando consigo a mulher e as duas filhas. Ficam hospedados em casa da riquíssima família Barata, que acredita que os seus convidados também têm distintas origens. A situação complica-se quando Eduardo Barata, o filho do casal, se apaixona por Jujú, filha de Anastácio, e os dois decidem casar-se. A cemirónia é em Lisboa e o pai da noiva tem que manter as aparências a todo o custo. Dos jogos de amor para as rivalidades futebolísticas, o único árbitro deste file será a comédia.
Título Original: O Leão da Estrela
País de Origem: Portugal (1947)
Realização: Arthur Duarte
Elenco: António Silva
Artur Agostinho
Curado Ribeiro
Maria Eugénia
Milú
Laura Alves...
27 agosto, 2006
Invasão lusitana

Na edição desta semana da revista Visão, foi publicada uma interessante reportagem sobre a recente moda de possuir uma casa de férias no Brasil. Só num ano, mais de 8 mil portugueses adquiriram imóveis de férias no Nordeste brasileiro.
Para além do numeroso contingente de veraneantes, convém acrescentar que alguns deles acabam por fixar residência e estabelecer os seu próprios negócios. Em 2002, eu já falava deste mergente nocho de mercado a que muito poucos deram importância. Embarquei com entusiasmo nesta aventura e por aqui fiquei.
Acaba por ser uma boa alternativa para todos aqueles que desejem do fugir do bulício das grandes cidades...
Fantasia tropical

Quem nunca sonhou possuir uma ilha só para si? Este sonho ainda é possível mediante o dispêndio de uma onerosa quantia. A Ilha do Flamengo, localizada do Nordeste do Brasil, bem perto da famosa Praia de Pipa, encontra-se à venda.
Como escreveu Gedeão, o sonho comanda a vida e nada como dar largas à fantasia, num dia de domingo. Aqui no Condado, estamos a ponderar a sua aquisição porque os aposentos do Forte e redondezas estão-se a tornar acanhados para o crecente número de residentes. Tornar-se-ia então a primeira filial do Condado!
Para esclarecimentos adicionais podem-me contactar...
http://www.rnimoveis.com/natal-brasil/imoveis/terrenos/ilha-do-flamengo/56/
26 agosto, 2006
Sugestão literária II

É toda uma crítica à pedagogia romântica e construtivista que foi eivando o nosso ensino já antes da revolução democrática e que, posteriormente, se alçou às cátedras e conselhos directivos.
Chamo-lhe fracturante porque é a primeira obra em Portugal (pelo menos que eu conheça) que faz uma crítica estruturada, embora assente em declarações e escritos dos mais variados responsáveis pelo ensino em Portugal, da chamada pedagogia "pós-moderna", que domina largamente o nosso ensino há já cerca de três décadas.
Provenho de uma escola, a famigerada Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde estas teorias pedagógicas reinam despoticamente. Enquanto por ali campeei, pensei que "tudo aquilo" era um mero desvio à qualidade de ensino. Enganei-me, e este livro prova-o, "aquilo" era toda uma teoria pedagógica que nasceu com Rousseau, fez escola com Piaget (talvez o único pedagogo que se auto-afirmava "não pedagogo"...) e prosseguiu por todo o século XX. Em Portugal, como não podia deixar de ser, chegou com atraso. Mas chegou...
"Aquilo" era: laxismo na avaliação (tornando o célebre axioma liberal "laissez faire, laissez passer" em "deixa fazer, deixa andar"); paternalismo no ensino (subvalorizando os alunos e as suas competências); uma lógica de compensação do ensino transacto (como se a faculdade servisse para suprir a falta de bases com que os alunos chegavam do secundário); falta, quando não ausência total de disciplina (talvez para não aborrecer o "bom selvagem"); tendencialismo no que era apresentado (perpetuando assim alguns lugares miticamente comuns); etc., etc....
O livro de Nuno Crato é por isso uma obra que não agradou a muito boa gente (sobretudo ao ´establishment´ educativo), e, como tal, foi duramente atacado. O ensino português é um enorme feudo e há muito boa gente que não quer ver os seus privilégios ameaçados. É bom, ainda que seja de vez em quando, ter uma perspectiva diferente sobre este problema.
Triste fado
in Expresso (22/08/2006)
Escusamos de faler em ideologias ou proferir discursos patrióticos inflamados, quando o cidadão comum se depara com notícias deste tipo. Estes problemas dizem respeito a grande parte da população do nosso país, cada vez mais afastada das discussões políticas porque se vê diariamente confrontada com problemas bem mais urgentes no seu quotidiano. Falamos do dinheiro que não chega para pagar as contas no final do mês, da procura de um emprego cada dia mais difícil, para tentar possuir os mínimos requesitos materiais exigíveis numa sociedade que se afirma europeia e moderna. Para além dos trabalhadores portugueses possuirem dos poderes de compra mais reduzidos da UE, verifica-se que os sinais de retoma que o Governo proclama são contraditórios e que o cenário de emprego se torna cada vez mais sombrio. Convém não esquecer que nas estatísticas do IEFP nunca são contabilizados os numerosos casos de trabalho precário ou subemprego que ainda subsistem em Portugal, que poderiam tornar estes dados ainda mais alarmantes.
Não nos adianta promover grandes debates ideológicos quando os nossos compatriotas não têm emprego ou são constantemente ameaçados de desemprego, vivendo rotinas monótonas sem acesso à cultura, porque muitas das vezes o salário já nem chega para alimentarem devidamente as suas famílias, quanto mais para aquisição de livros, idas ao cinema ou escrever em blogs. Parece-me que em alguns aspectos, a nossa sociedade parece não ter evoluído muito em relação ao que se viveu no período 1973/1977 em termos laborais.
Este até poderia ser o discurso de um marxista, mas é a minha revolta porque vejo que vivemos num país de mentira, falsamente desenvolvido e cada vez mais afastado dos padrões europeus tão propagandeados pelos euro-federalistas.
Eng. Sócrates, explique-me então o que aconteceu com a retoma e milhares de empregos prometidos na sua última campanha eleitoral?
Diga-me que o país ainda tem emenda e que eu não terei de adiar eternamente o meu regresso a Portugal...
A bola já rola!

Este fim de semana tem início o campeonato nacional. Como sempre não existem grandes novidades...Os candidatos ao título são os suspeitos do costume, regressam as intrigas entre clubes e orgãos federativos, as polémicas da arbitragem e as acaloradas discussões das segundas-feiras no trabalho ou no café do bairro. Lá para metade do candidato já se sabe que metade das equipas da I liga lutam para não ser despromovidos ao escalão secundário, o que ilustra da melhor forma a falta de competitividade do nosso campeonato.
Apesar de tudo, muitos portugueses passam grande parte do Verão a suspirar por futebol, acompanhando com entusiasmo as contratações do defeso. Esta época, fico satisfeito pela presença de três clubes portugueses na milionária Liga dos Campeões, mas deveras apreensivo pelos golpes de teatro desta primeira jornada que apenas servem para denegrir a imagem do desporto-rei. Desejo rápidas melhoras ao futebol português que pela amostra, ainda sofre as sequelas de doenças já antigas.
Entretanto, estamos à espera que a parabólica do Forte seja reparada para podermos acompanhar os jogos que se disputam na metrópole...
Ai que horror!

A gerência das discotecas Klube e Kasablanca, em Vilamoura, desrespeitou a ordem de encerramento da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) determinada na véspera por irregularidades detectadas no licenciamento e nas condições higieno-sanitárias – e abriu os estabelecimentos na noite de quinta para sexta-feira, uma acção que levou à detenção, esta madrugada, do administrador do grupo K, Paulo Dâmaso.
De acordo com a ASAE, a detenção ocorreu pelas 0h30, tendo Paulo Dâmaso sido levado, algemado, para as instalações daquela entidade, onde foi ouvido pelo crime de desobediência.
in Correio da Manhã (26/08/2006)
Uma notícia que vem abalar profundamente, o regimento de colunáveis que ainda se encontra a banhos no Algarve. Aguardam-se grandes engarrafamentos de tios deprimidos rumo a Lisboa! :)
Paulo Dâmaso, este tipo de evento não é nada chique...
25 agosto, 2006
Manual de Direita

Enquanto a esquerda é bem conhecida, quer através dos seus próprios partidários, quer através das obras ou estudos sobre a sua ideologia e a sua política, a direita é bastante ignorada e, quando referida, é-o geralmente na visão caricatural dos seus adversários.
Este livro pretende, em termos de história das ideias e da prática política no nosso século, em Portugal e na Europa, traçar as bases fundamentais das ideias do pensamento e dos regimes políticos das diversas "famílias espirituais" que se consideram na área da direita.
Jaime Nogueira Pinto
Aproveitando o facto de ter feito a transcrição do artigo de opinião da sua esposa, faço-vos aqui uma sugestão de leitura de um autor que pessoalmente considero um dos principais pensadores do campo da direita nacionalista em Portugal. O livro foi inicialmente editado em 1996 e alguns dos seus capítulos acabam por estar um pouco datados no tempo, mas mesmo assim será uma óptima leitura para todos aqueles que querem saber um pouco mais sobre a história das várias famílias de direita. A linguagem utilizada é bastante simples, e poderíamos mesmo afirmar que estamos perante um manual didáctico de direita para principiantes.
Ainda hoje sinto falta das aulas que tive na universidade com Jaime Nogueira Pinto, que juntamente com António Marques Bessa foram os meus mestres ideológicos e políticos.
A Direita e as Direitas - Jaime Nogueira Pinto; Difel (1996)
A direita, as direitas e os partidos
Maria José Nogueira Pinto in Diário de Notícias (25/08/2006)
24 agosto, 2006
Por um Brasil decente

O Brasil irá a votos no próximo dia 1 de Outubro, para eleger Presidente da República, senadores, governadores estaduais e deputados. As actuais sondagens apontam para uma larga vantagem de Lula da Silva, que a cumprirem-se as previsões venceria as eleições na primeira volta. Um dado curioso, quando os analistas afirmam que quase 60% do eleitorado brasileiro é de direita...
Geraldo Alckmin é o seu principal opositor, apoiado pela coligação de centro-direita PSDB-PFL e que na minha opinião parece ser a pessoa mais indicada para ocupar o cargo. Licenciado em medicina, com vasta experiência política, Alckmin teve como ponto alto do seu percurso profissional, o cargo de governador do estado de S.Paulo onde demonstrou largas capacidades de liderança. Defende como principais metas a atingir, uma melhoria dos programas sociais do Governo e uma redução substancial dos impostos com o intuito de gerar mais investimentos e emprego.
Do outro lado da barricada, temos o populista Lula da Silva que infelizmente ainda personifica as limitadas aspirações das classes mais desfavorecidas, que temem a perda de ínfimas regalias obtidas durante o seu mandato. A população do país não se deveria acomodar com pequenos agrados, passando a exigir menos escândalos políticos, serviços públicos de qualidade, mais segurança e que a enorme chaga do desemprego seja combatida de forma eficaz.
Para tal, são necessárias francas melhorias do sistema de ensino e condições que permitam um maior dinamismo da classe empresarial, sufocada por inúmeros impostos e rígidas leis trabalhistas que condicionam os investimentos e consequente criação de postos de trabalho.
Neste país onde o voto é obrigatório, temos ainda pela frente pouco mais de um mês de campanha eleitoral que espero que sirva para esclarecimento da população, com esperança que a presente tendência de voto possa ser invertida.
Aqui no Condado, torcemos por uma vitória de Geraldo Alckmin que luta por um Brasil melhor. A ver se é desta que o gigante adormecido desperta para os rumos do pleno desenvolvimento.
http://www.geraldo45.org.br/
23 agosto, 2006
Colonização espanhola?

Ontem, o Diário de Notícias (clicar no título do post) publicou um artigo na sua secção de economia que nos informa que Portugal tem 1050 empresas com capitais espanhóis. È sempre com alguma reticência que encaro as investidas de nuestros hermanos em território lusitano. Bem sei que vivemos tempos complicados, que o investimento estrangeiro e a consequente criação de novos postos de trabalho são bem vindos mas ainda assim, sou daqueles que rejeita integralmente qualquer tipo de simpatia ibérica.
Não coloco em causa a visão estratégica dos empresários espanhóis nem as suas competências de gestão, que fazem corar de inveja a classe empresarial portuguesa. Tenho vários amigos que trabalham em empresas espanholas e as opiniões sobre as mesmas divergem em muitos dos casos. Talvez eu pense de maneira errada e esteja desajustado das novas realidades europeias que nunca me convenceram, pois sempre me afirmei como eurocéptico.
Por isso queria aqui lançar o eterno debate sobre Portugal vs Espanha. Vocês ainda são daqueles que acham que de Espanha nem bom vento nem bom casamento ou consideram-se ibéricos de alma e coração?
Eu acho que já deixei bem clara a minha posição neste debate e não pretendo repudiar aqueles que defendem teses contrárias mas desejava que teses bem fundamentadas para ambos os lados.
Podem colocar aqui ao barulho a Zara, o El Corte Inglés, Olivença, Aljubarrota e afins! :)
Armada africana

Para já é apenas um "risco", mas as autoridades portuguesas admitem que a vaga de imigrantes africanos que têm aportado às Canárias e a outros pontos da Europa mediterrânica possa deslocar-se para Portugal. Essa ameaça, que incide sobretudo na Madeira e no Algarve, já levou os ministérios da Defesa e da Administração Interna a agir, preparando um plano de contingência.
As autoridades portuguesas ponderam a possibilidade de fenómenos como os que têm ocorrido nas Canárias e no Sul de Espanha, onde chegaram milhares de imigrantes ilegais africanos nas últimas semanas, poderem vir a ocorrer em território nacional.
in Público (22/08/2006)
A corveta da marinha de Guerra portuguesa, Baptista de Andrade, iniciou na segunda-feira, no mar de Cabo Verde, uma missão de 45 dias de combate à imigração ilegal para a Europa.
Na ocasião a ministra da Defesa de Cabo Verde, Cristina Fontes Lima, salientou a importância da presença do navio português nas águas do arquipélago para o arranque de uma nova fase de controlo do espaço marítimo nacional com uma fiscalização sistemática que será realizada com o apoio dos EUA, França e Espanha. As intervenções serão da responsabilidade das autoridades nacionais que, para o efeito, terão a bordo elementos da Guarda-Costeira e SEF.
Situado a cerca de 600km do Senegal e a distância semelhante das Canárias, o território de Cabo Verde tem sido utilizado como plataforma de passagem para a Europa, principalmente pela acção das máfias nigerianas que controlam o negócio da imigração ilegal.
Ora aqui está uma função de extrema importância para as nossas Forças Armadas que serão muito mais úteis neste tipo de funções do que no conflito do Médio Oriente distante dos interesses geoestratégicos de Portugal.
Mas já agora...Que tipo de imigrante ilegal procura ainda um Eldorado no nosso país!? Decerto que anda alheado da realidade dos factos.
22 agosto, 2006
ABC FC vs Atlético Condado


Chegou ao término a digressão do Atlético do Condado. Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, onde estão localizadas as mais belas praias do nordeste brasileiro, acolheu esta última etapa.
O ABC FC, foi a nossa equipa anfitriã que tem como arquirival na cidade o América-RN, tendo a comitiva sido recebida calorosamente pelos populares ou não estivéssemos em plenos domínios senhoriais do Visconde de Cunhaú.
Para este jogo, Tony-Duque do Mucifal voltou a contar com os préstimos do brasileiro Morais que tinha sido convocado por Dunga para trabalhos com a selecção canarinha na Noruega.
Durante a partida, foi evidente o desgaste físico de alguns jogadores motivado pelas constantes viagens desta digressão. Contudo, o Atlético puxou dos seus galões e demonstrou a sua superioridade técnica perante uma equipa que praticava um futebol ingénuo.
Mário Jardel colocou a equipa visitante em vantagem iam decorridos 18 minutos de jogo. A partir deste momento, o Atlético ficou mais descontraído em campo e em alguns momentos era notório o entrosamento da equipa. No entanto, a superioridade em campo não se traduzia em golos e a equipa alvinegra honrava a sua camisola tentando contrariar o rumo dos acontecimentos.
A equipa de Natal, sofre um rude golpe ao sofrer o segundo golo no início da segunda etapa, o Atlético abranda o ritmo de jogo para irritação do seu técnico. As esperanças dos jogadores do ABC, ressurgem aos 69 minutos quando Patacas comete uma grande penalidade completamente desnecessária que foi prontamente convertida por Daniel Bamberg.
Tony-Duque do Mucifal saltou do banco, repreendeu os seus jogadores quer partiram novamente para a ofensiva com o intuito de travar uma reacção dos alvinegros. A sete minutos do final, Mário Jardel mata o jogo com um soberbo golo de cabeça que finalmente tranquilizou o Atlético do Condado.
A digressão terminou e a comitiva do Condado regressa ao Forte com o sentimento de dever cumprido. No plano desportivo e apesar da nossa equipa não ter defrontado equipas de primeira linha do futebol mundial, mostrou-se invencível por enquanto. Tony-Duque do Mucifal ameça tornar-se um Mourinho das Áfricas e neste momento está concentrado na ansiada estreia no campeonato do Benim a 16 de Setembro.
No plano político e ideológico, tudo decorreu como previsto e foi possível divulgar a mensagem do Condado para audiências mais vastas. Nos próximos tempos irão ser realizados mais exames de admissão ao Condado... De que estás à espera? Junta-te a nós para este combate utópico!
ABC FC - Atlético do Condado 1:3
Estádio Frasqueirão, Natal-RN, Brasil (21/08/2006) - 3700 espectadores
Árbitro: Cláudio Mercante Junior/PE
ABC FC: Adriano-cap; Nêgo; Almir Conceição; Accioly; Teci (Diogo,45m); Montanha (Danilo,74m); Daniel Bamberg; Tiago; Kel (Jean Carlo,65m); Ivan (Cláudio,57m) e Barata.
Técnico: Edson Lavinha
Atlético do Condado: Pedro; Nélson (Vasco Faísca,50m); Rolando; Santamaria (Ricardo Rocha,60m); Patacas; Gilmar; Hugo Leal (Andrej Komac,70m); Dominguez (Fajardo,75m); Morais; Sá Pinto-cap (Adebayor,75m) e Mário Jardel (Cassamá,87m)
Técnico: Tony-Duque do Mucifal
Ao intervalo: 0:1
Golos: Mário Jardel (18;83m), Gilmar (56m) e Daniel Bamberg (69m-g.p.)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Nêgo e Montanha
"And now for something completely different..."

Enfim, por aqui foram desfilando, no decorrer destes cento e poucos posts, as mais variadas e bizarras criaturas. Todavia, um género literário ainda por aqui não fez gala em aparecer, o ensaio poético tosco. É pois, o que a seguir se segue (se me perdoarem o pleonasmo...).
Elegia a um coscuvilheiro
Fofinho vai o coelho
correndo no verde prado.
Tropeça, magoa-se no joelho.
Está o caso mal parado!
(...)
Será seu nome tão importante?
É isso mesmo qu´eu pressinto.
Mas por que é tão pedante
O filho do doutor Jacinto?
Suas iniciais: E.P.C.
Mas o que elas escondem dentro
É um mundo que só ele vê
E de que ele é o epicentro.
(...)
Ele é do mundo! Ele é do adro!
É da montanha! Do verde prado!
Conhece a instalação e o quadro!
E mesmo quando erra... não está errado!
Opina sobre tudo,
Opina sobre todos!
Eduardinho é um "sabudo"!
Eduardinho sabe a rodos!
Mas com toda a sapiência de "sabão"
Eduardinho todos os dias chega a nós
Na rádio, imprensa e televisão
Muito gosta ele d´ouvir a sua voz!
E até lhe deram num diário
Espaço para a sua coluna vertical:
Dia após dia o seu fadário,
Afinal, E.P.C. é um intelectual!
(...)
Será ele faccioso?
Ou será ilusão de óptica?
Não! É somente pomposo
O "bolinha semiótica"!
(...)
De tal forma o seu umbigo
É a medida do que sabe e lê
Que o seu verdadeiro inimigo
Não é Junot... é Jeunet!
Ele é mais Antonioni.
De Fellini não é bem paladino,
Mas morde como Berlusconni
Se lhe falam d´ "O Fabuloso Destino..."
"Filme fascista!", "Filme de um "clown!""
Brotam impropérios da barbacã.
E em delirium tremens vê Eva Braun
Na face da doce Amèlie Poulain.
Foi "consular(-se) culturalmente" para Paris
porque o país era pequeno para a sua verve.
Oh, diabo! Estalou-lhe o verniz!
"Ó menino Eduardinho, não se enerve!"
O nosso doutor Libório alado
Não é comunista ("...esses herbívoros!")
É colunista! E eu estou bem arranjado:
Então, se ele até já escreveu livros!!
Ele é homem de valores e ideais,
Ele é homem de esquerda.
Excepto ele tudo é demais.
Tirando ele, tudo é merda!
Ele veio ao mundo para nos salvar,
Fazer a revolução, desse no que desse.
No Rato o socialismo foi a engavetar,
Eduardinho bateu com a porta do PS.
(...)
E ele já leu Dante, Sagan, Hawking,
"Les Fleurs du Mal", "Madame Bovary".
À noite vai ao cinema ao King
e depois, soirèe literária... no Gallery.
Mas se naquele lupanar
Ele algum dia se roçou,
O bom selvagem vai afirmar:
"A culpa é do Rousseau!"
21 agosto, 2006
Sugestão literária

O livro chama-se Conquistadores de Almas, o seu autor, Pinto de Sá, um professor do Técnico e a editora é a Guerra e Paz, uma casa nova que se vem juntar a uma nova leva como a Aletheia e a Tinta da China.
Esta obra autobiográfica e memorialista (género em franco desuso entre nós, vá-se lá saber porquê...), conta-nos a experiência do autor enquanto militante de extrema-esquerda nos últimos 4 anos de "marcellismo", ao serviço de Comités Revolucionários. Pinto de Sá foi preso e torturado pela PIDE. É relativamente impactante o relato das torturas às mãos da polícia política que Pinto de Sá bem descreve.
Mas porventura o que de mais interessante o livro terá é o que se vem a passar a seguir. O futuro professor do IST, depois da revolução, é preso novamente, desta feita por esse grande órgão da nossa legitimidade democrática que foi o COPCON. Sabemos que não foi o único português que terá sido preso por essas duas sinistras instituições, a PIDE e o COPCON. Se querem a minha opinião, quem quer que o tenha conseguido não pode ser inteiramente má rez...
Mais interessante esta parte do livro, dizia eu, porque é uma fase da nossa história contemporânea de que os viventes não gostam de falar muito (especialmente os que eram poder na altura. De novo, vá-se lá saber porquê...).
Há dados deliciosos que a nossa história mais recente teve o democrático cuidado de fazer desvanecer: por exemplo, que enquanto os presos políticos do antigo regime rondavam, por alturas de Abril de 1974, as três centenas, os presos políticos do "novíssimo príncipe" rondavam também os três... milhares. Por exemplo, que a extrema-esquerda, talvez fruto das suas ambições democráticas e do seu provado amor aos direitos humanos, promovia e incitava à execução pública dos "fracos" e dos "traidores" (havia uma diferença substancial...) que haviam delatatado à PIDE. Por exemplo, que o "assassinato" de Ribeiro dos Santos, esse grande ícone mural do MRPP, não foi propriamente uma vítima inocente e pacífica da DGS. Por exemplo, que à falta de uma "culpa" jurídica os presos eram culpados porque, evidência das evidências, estavam... presos. Enfim, não sendo propriamente a última novela de uma Rebelo Pinto o relato de Pinto de Sá consegue, ainda assim, fazer-nos pensar nas voltas que "isto" foi dando nas últimas três décadas.
Factor preponderante a ter em conta é que todo aquele "esquerdalho" do marcellismo e do PREC já veio a público lapidar o bom Pinto de Sá. Tudo porque o homem denunciou, tal como muitos dos seus "compagnons de route" denunciaram. Mas também, e acima de tudo, porque ele admite que denunciou e afirma que muitos deles também denunciaram e traíram.
E afinal de contas, se essa gente anda toda irritada alguma coisa de bom deve ter o livro...
Quero ver mais
Non, ou a Vã Glória de Mandar
Faço aqui a transcrição da ficha da película da Cinemateca Nacional, elaborada por João Bénard da Costa, que sintetiza da melhor forma o conteúdo deste filme marcante na obra de Manoel de Oliveira.
Baseado na história de Portugal, Non ou a Vã Glória de Mandar, recorda as batalhas travadas pelos portugueses desde o tempo de D. Afonso Henriques até à guerra colonial.
Há quem considere o filme demasiadamente filosófico, por causa das lições do Alferes Cabrita e as perguntas e comentários dos furrieis, dos cabos e dos soldados. Há quem interprete as mesmas palavras como sendo história de Portugal, o facto é que Oliveira desfaz estes mitos no final.
O filme é mais uma reflexão sobre a História de Portugal, do que propriamente história. É uma forma particular de ver alguns acontecimentos que mais marcaram Potugal, ligando a Batalha de Alcácer Quibir ao 25 de Abril. Na primeira morremos e na segunda morreu o Alferes Cabrita.
Non, ou a Vã Glória de Mandar recorre a magestosos cenários de batalha, com a reconstituição da batalha de Alcácer Quibir. Para além do enorme número de guerreiros a cavalo em cena há uma grande diversidade de adereços da época que cada soldado exibe. Uma outra cena idêntica mas como é óbvio com uma outra dimensão é a guerra colonial em África.
«VÃ é a glória de mandar. É a glória de mandar - essa de que paradoxalmente D. Sebastião se despede em Alcácer Quibir - é a glória que o narrador se propõe e cuja vanidade a cada momento Oliveira sublinha, destroçando a narrativa, através da singularissima "decoupage" de um dos seus filmes mais fragmentados. Só que o narrador é ele também uma personagem fragmentada e os seus três grandes fragmentos (como Viriato, como Ninguèm e como Alferes Cabrita) viveram dessa glória e para essa glória até descobrirem, nas chamas, nos destroços e no sangue, como essa glória era igualmente vã».*
* João Bénard da Costa - Ficha da Cinemateca Portuguesa, 8 de Março de 1991.
Título Original: Non, ou a Vã Glória de Mandar
País de Origem: Portugal/Espanha/França (1990)
Realização: Manoel de Oliveira
Elenco: Miguel Guilherme
Ruy de Carvalho
Luís Miguel Cintra
Leonor Silveira
Mateus Lorena
Luís Mascarenhas
Diogo Dória
Catarina Furtado...
19 agosto, 2006
Recados da tia Constança
Constança Cunha e Sá - Público (18/08/2006)
Vasco da Gama vs Atlético Condado


Ontem, disputou-se o penúltimo jogo da digressão do Atlético do Condado. O oponente foi o Vasco da Gama (actual 10º classificado da liga brasileira), outro clube bastante popular no seio da comunidade portuguesa residente no Brasil.
Ao contrário do que sucedeu em S.Paulo, o Atlético entrou em campo bastante determinado a vencer a partida. Do outro lado, estava um adversário de respeito, nada disposta a facilitar a vida aos pupilos de Tony-Duque do Mucifal.
O jogo teve início num excelente ritmo de ambas as equipas. A velocidade era vertiginosa e as oportunidades de golo sucediam-se em ambas as balizas. A partir da meia hora de jogo, o ritmo abrandou e começou-se a travar uma dura batalha a meio campo. A partida tornou-se extremamente viril, roçando a violência e surgiam as primeiras picardias entre os jogadores.
A segunda parte do encontro, desenrolou-se na mesma toada e o árbitro tinha notória dificuldade em controlar os ânimos, distribuindo cartões amarelos para ambos os lados.
Aos 54 minutos, o Vasco inaugura o marcador com um golo de Andrade, numa boa jogada de entendimento. A partir deste momento, a equipa carioca iniciou um jogo de maior contenção, fazendo uso de um contra-ataque traiçoeiro e anulava os jogadores mais ofensivos do Atlético com faltas sucessivas.
O jogo não era bonito, mas os homens do Condado tinham maior tempo de posse de bola e enfrentavam com bravura a falta de fair-play dos brasileiros.
O esforço do Atlético foi recompensado, apenas no último minuto de jogo, quando Dominguez igualou o marcador. Um golo com sabor a vingança deste jogador que não foi feliz nos tempos em que jogou com a cruz de malta ao peito.
Não deixa de ser lamentável, a amostragem de sete cartões amarelos numa partida amigável, mas por vezes, o futebol viril e as batalhas que se travam no relvado não deixam de ser um espectáculo interessante.
O resultado foi injusto, mas dadas as circunstâncias, acaba por adquirir sabor de vitória.
Por esta hora, a comitiva do Condado já se encontra em Natal, onde se despede desta digressão. Hoje, está marcada uma enorme festa no Forte dos Reis Magos para celebrar o 31º aniversário de Tony-Duque do Mucifal, técnico do Atlético do Condado. Esperemos que a ressaca não dure até segunda-feira, dia em que o Atlético irá defrontar uma das equipas locais - ABC.
PARABÉNS TONY!!!
Vasco da Gama - Atlético do Condado 1:1
Estádio São Januário, Rio de Janeiro, Brasil (18/08/2006) - 11000 espectadores
Árbitro:Marcos Tadeu Peniche
Vasco da Gama: Cássio; Wagner Diniz; Fábio Braz; Jorge Diniz; Diego (Alberoni,45m); Andrade; Ygor; Ramon (Rafael,62m); Robson Luiz (Bruno Meneghel,74m); Valdiran; Edilson-cap(Valdir,83m)
Técnico: Renato Gaúcho
Atlético do Condado: João Ricardo; Nélson; Santamaria; Ricardo Rocha; Paíto (Patacas,58m); Zé Kalanga; Hugo Leal (Andrej Komac,75m); Dominguez; Fajardo (Tchomogo,75m); Sá Pinto-cap; Adebayor (Jardel,66m)
Técnico: Tony-Duque do Mucifal
Ao intervalo: 0-0
Golos: Andrade (54m) e Dominguez (89m)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Wagner Diniz, Fábio Braz, Ygor, Robson Luiz, Ricardo Rocha, Sá Pinto e Zé Kalanga
18 agosto, 2006
História das Colonizações

Marc Ferro, historiador famoso sobretudo pelos estudos dedicados à história da URSS, bem como por seus trabalhos pioneiros sobre as relações entre cinema e história, faz deste História das Colonizações um dos ensaios mais abrangentes já produzido sobre o fenómeno das colonizações na história contemporânea.
Ferro trata da expansão colonial europeia, traçando uma visão histórica comparativa com outros colonialismos, entre eles o árabe, o turco e japonês. No final, após fazer o balanço da chamada descolonização do pós-guerra, ele propões o interessante conceito de imperialismo multinacional, forma actual de controlo dos países pobres que advém da mundialização da economia e da globalização das estruturas de poder político para além das fronteiras de estados nacionais.
História das Colonizações - Marc Ferro; Editorial Estampa
E com esta sugestão de leitura que vos deixo aqui, o Condado atinge a meta dos primeiros 100 posts publicados, em pouco mais de três meses de actividades!
17 agosto, 2006
Agosto, meu lindo Agosto!
No entanto, Agosto é um mês deveras importante para a imprensa cor-de-rosa, que persegue tenazmente as celebridades instantâneas que grassam no nosso país. Ao contrário da silly-season que se abate sobre a imprensa tradicional, as supostas revistas sociais que surgiram no mercado editorial que nem cogumelos, não têm mãos a medir, dado o elevado número de happenings que ocorrem a Sul.
Muitas das figuras do prestenso jet-set nacional, mostram-se espcialmente activas neste período, parecendo até que hibernam durante os meses mais frios e ressurgindo das cavernas em finais de Junho, para uma grandiosa época estival.
Indiferentes a crises económicas, conjecturas políticas ou até mesmo ondas gigantes no litoral algarvio, eles saltitam alegremente de festa em festa, vociferando disparates com hálitos visivelmente alcoolizados.
Geralmente as temperaturas elevadas, provocam distúrbios hormonais nesta fauna. È um ver se te avias de trocas de namorados e noivados surpresa, que nos são revelados pelas revistas que nem segredos de Estado, capazes de alterar a vida do mais comum dos mortais.
E já repararam que todos os anos, estes seres têm que encontrar um restaurante ou discoteca fetiche? Como se em todo o Algarve, não restassem outras alternativas para divertimento nocturno para proeminentes empresários do ramo de eventos e vedetas futebolísticas.
Eu gosto é do Verão! Principalmente quando ele ganha contornos cor-de-rosa...
Alguém quer convites para a Festa Fim de Verão que iremos realizar este mês no Forte?
Oxalá José Castelo-Branco não apareça por aqui acompanhado da múmia amestrada, com aquele mau costume dele em forçar a entrada em tudo o que é festa!
E D.Felismina, não fique triste se não puder vir! As fotos irão ser publicadas na Caras, que a senhora tanto gosta de lêr no comboio quando vai da Rinchoa até Lisboa para cumprir o seu horário na Servilimpe.
Esta noite, oportunidade única para relembrar a mítica banda Bauhaus no palco de Paredes de Coura. Liderados desde sempre pelo vampírico Peter Murphy. Obrigatório o uso de vestes negras!
16 agosto, 2006
Portuguesa vs Atlético Condado


Esta semana, o Atlético do Condado deu início à segunda etapa da sua digressão. O périplo pelo Brasil teve início em São Paulo, onde tivémos a honra de defrontar a Portuguesa dos Desportos. O clube mais português de todo o Brasil, possui um passado recheado de ricas memórias, mas actualmente vive uma das maiores crises da sua história. A Lusa liderada por uma direcção incompetente, afunda-se cada vez mais na tabela classificativa da série B do campeonato brasileiro. No entanto, a esperança renasce para as hostes lusitanas com a contratação do técnico Candinho, um histórico do clube paulista.
Esta, talvez tenha sido a pior exibição do Atlético do Condado no seu curto historial. Temos que dar todo o mérito ao nosso adversário, que se bateu de forma heróica. Foi notório, o empenho dos jogadores da Lusa motivados com a chegada do novo técnico e numa clara ânsia de mostrar serviço.
Durante a primeira parte do encontro, o Atlético jogou com uma lentidão impressionante e exagerou no número de passes errados. A equipa de S.Paulo, não se fez rogada e por diversas ocasiões ameaçou a baliza do Atlético.
Muitas das vezes, o futebol é um desporto ingrato e normalmente diz-se que quem não marca arrisca-se a perder...
No segundo tempo, o Atlético do Condado mostrou maior consistência de jogo, apesar da Lusa manter o domínio na partida. O golo da vitória, surge aos 75 minutos por intermédio de Hugo Leal que concluiu com chave de ouro, uma boa jogada de contra-ataque.
Os últimos minutos de jogo, foram de puro sufoco para os homens do Condado. A Portuguesa não baixou os braços e partiu para a ofensiva final, chegando mesmo a levar uma bola à trave da baliza de Pedro a cinco minutos do final. Já se jogava mais com o coração do que com a cabeça e o apito final surge para enorme alívio de Tony-Duque do Mucifal, que merecia ter visto a sua equipa sair do Canindé com um empate.
Após o jogo, foi realizada uma animada ceia no restaurante português Presidente. Tivémos oportunidade de conhecer pessoalmente o António Carlos (acja), que estava ligeiramente desconsolado com o resultado da partida. O convívio prolongou-se até altas horas, ao qual se juntou Maria-Duquesa da Geira, que tinha sido convidada nessa mesma noite para estar presente no Programa do Jô, para divulgação do Condado.
Sexta-feira, o Vasco da Gama aguarda-nos no Rio de Janeiro...
Portuguesa dos Desportos - Atlético do Condado 0:1
Estádio Canindé, São Paulo, Brasil (15/08/2006) - 6600 espectadores
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden/RS
Portuguesa dos Desportos: Felipe; Wilton Goiano; Ari; Santiago; Juninho Goiano (Joãozinho,58m); Marcos Paulo; Cleison; Alexandre; Daniel; Diogo (Sousa,70m) e Alex Alves
Técnico: Candinho
Atlético do Condado: Pedro; Patacas; Rolando; Ricardo Rocha; Vasco Faísca (Paíto,88m); Zé Kalanga (Andrej Komac,79m); Hugo Leal; Dominguez; Tchomogo (Fajardo,45m); Sá Pinto-cap (Jardel,57m) e Adebayor (Lourenço,72m)
Técnico: Tony - Duque do Mucifal
Ao intervalo: 0:0
Golos: Hugo Leal (75m)
Acção disciplinar: cartões amarelos para Rolando e Santiago
15 agosto, 2006
Apelo ao boicote do turismo no Brasil!
Falamos de um país onde diariamente morrem dezenas de pessoas vítimas da criminalidade, onde o PCC tem mais poder que as forças policiais e onde as prisões são universidades e sedes do crime organizado. Refiro-me a um país onde se pagam das mais elevadas taxas fiscais do mundo,e, nenhum dos domínios estatais da saúde à educação funcionam de modo satisfatório, onde as grandes cidades são autênticas selvas urbanas, em que os seus habitantes vivem acossados pelo medo rodeados de muros e cercas eléctricas.
Tal como cantavam os Legião Urbana, eu indago: Que país é este?
Eis o meu grito de revolta pela morte do jovem português, André Bordalo de 19 anos, assassinado a golpes de faca em plena luz do dia na praia de Copacabana-Rio de Janeiro. Esta é a minha indignação pela morte de alguém a quem lhe foi apenas roubada uma simples mochila, a comoção porque morreu um rapaz da minha terra, da minha gente, que queria apenas disfrutar de uns dias de lazer. A tristeza de imaginar a dor de uma mãe, que vê o seu filho ser assassinado na sua frente.
O turismo é um dos pontos vitais da economia do Brasil, que recebe com muitos agrado as divisas dos turistas estrangeiros mas que nada faz para zelar pela sua segurança. Até admitiria, com serenidade uma situação deste tipo num local recondito mas este caso teve como pano de fundo, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro.
O Brasil é lindíssimo e recheado de atractivos, mas presentemente não merece ser visitado por ninguém. Por isso eu promovo aqui sem repúdio, um boicote massivo ao turismo no Brasil!
Não iria resolver nada, é certo, mas basta de engolir estas modas impingidas pela indústria do turismo de massas.
Sejamos também nacionalistas quando planeamos as nossas férias, nestes tempos de crise. Será bom relembrar o slogan "vá para fora cá dentro" para descobrir ou redescobrir as belezas de Portugal. Os hoteleiros e a economia nacional agradecem,e, acreditem que até a república socialista é um pequeno jardim do éden quando comparada com a balbúrdia reinante no Brasil.
Manifesto aqui a minha revolta pela morte de um jovem inocente e pela consternação que me causa, ver o maior país do mundo lusófono afundado numa profunda inércia, a todos os níveis da sociedade.
Um país sempre adiado...
Morrissey, o emblemático ex-líder dos The Smiths, sobre hoje ao palco do Festival Paredes de Coura. O tema aqui apresentado, causou polémica na época do seu lançamento por ser considerado nacionalista e xenófobo. Uma vez mais, o dedo indicador da imprensa de esquerda sempre tão políticamente correcta. Aos que forem peço que atirem muitas flores a este génio da música popular. Because we must!
14 agosto, 2006
Munique

Tendo em conta o actual panorama internacional, em que os conflictos do Médio Oriente e os serviços secretos estão na ordem do dia, esta semana decidimos exibir no Condado, o filme Munique dirigido por Steven Spielberg. Um filme sobre ódio e vingança em que ninguém sai vencedor... Um obra absorvente, com excelentes interpretações do seu vasto elenco. Recebeu nomeações para cinco Óscares da Academia.
Em setembro de 1972, no decurso das Olimpíadas de Munique, um ataque terrorista sem precedentes foi transmitido ao vivo para 900 milhões de pessoas. Um grupo palestino denominado Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica, matou 2 integrantes da equipa olímpica israelita e manteve outros 9 como reféns. Vinte e uma horas depois o ataque chegou ao fim, com todos sendo mortos. Pouco depois Avner (Eric Bana), um jovem agente secreto israelita revoltado com o ocorrido, recebe de um oficial do Mossad uma ordem sem precedentes: abandonar sua esposa grávida e sua identidade para caçar e matar os 11 homens apontados pela inteligência de Israel como tendo planeado o atentado. Avner aceita a ordem e passa a liderar uma equipa de apenas quatro integrantes, extremamente talentosos. Eles passam então a viajar pelo mundo em total sigilo, na pista de cada um dos nomes de uma lista muito bem guardada.
Título Original: Munich
País de Origem: EUA (2005)
Realização: Steven Spielberg
Elenco: Eric Bana
Daniel Craig
Mathieu Kassovitz
Geoffrey Rush
Hanns Zischler...
13 agosto, 2006
Real Sport Clube vs Atlético do Condado

A etapa portuguesa da digressão do Atlético do Condado, revelou-se cem por cento vitoriosa em todas as frentes. A equipa venceu os dois jogos disputados, os jantares-comício foram um sucesso e o Condado foi notícia em vários orgãos de comunicação social.
Apenas dois contratempos nesta viagem. O primeiro diz respeito aos microfones de escuta intalados pelo SIS, nos quartos de alguns dirigentes do Condado que viajaram com a equipa, que foram atempadamente sabotados pelo Serviço de Inteligência do Condado. O segundo precalço está relacionado com a própria equipa do Atlético do Condado. Tony-Duque do Mucifal deixou Mário Jardel, Dominguez e Sá Pinto de fora da convocatória para o jogo com o Real SC por motivos disciplinares. Ao que tudo indica, os referidos jogadores, apareceram sexta-feira no hotel da comitiva por volta das 05.00h da manhã, após uma longa noitada no Elefante Branco.
A partida frente ao Real Sport Clube, demonstrou desde o seu início que estávamos perante um embate desigual. A equipa de Massamá, recém despromovida à III divisão não conseguiu esgrimir qualquer tipo de argumentos frente ao Atlético, que se limitou a disputar a partida em ritmo de treino. O facto mais saliente neste encontro monárquico acabou por ser o número de oportunidades de golo desperdiçadas pelos homens do Condado. Mesmo assim o jogo registou uma confortável goleada de quatro bolas a zero, a favor do Atlético.
Nesta despedida de Portugal, gostaríamos de endereçar um agradecimento caloroso aos dois clubes que aceitaram o nosso convite, para disputar estas partidas amigáveis. Novamente foram enviadas várias solicitações mas apenas estes dois clubes da linha de Sintra tornaram possível a nossa deslocação a terras lusas. Parece que o Atlético do Condado já conquistou a antipatia da oligarquia do futebol português...
Neste momento a comitiva deve estar a aterrar em São Paulo, para dar início à etapa brasileira desta digressão. A primeira partida está agendada para terça-feira, frente à Portuguesa dos Desportos às 21h.
Real Sport Clube - Atlético do Condado 0:4
Estádio do Real Sport Clube, Massamá, Portugal (12/08/2006) - 1500 espectadores
Árbitro: João Vilas-Boas
Real Sport Clube: Pedro Cardoso, Emídio Rafael, Dino (Tralhão,60m), José Mário, Zorro, Bruno Silva (Monteiro,45m), Hugo Gonçalves, Diogo Calheiros-cap, Carlos Marques, Hugo Rosa (Richard,55m) e Miguel Gonçalves.
Treinador:Jorge Paixão
Atlético do Condado: Vasco Èvora, Nélson, Santamaria (Rolando,85m), Ricardo Rocha-cap, Vasco Faísca (Patacas,45m), Gilmar (Zé Kalanga,45m), Hugo Leal (Andrej Komac,59m), Fajardo, Tchomogo, Cassamá e Adebayor (Lourenço,70m).
Técnico: Tony-Duque do Mucifal
Ao intervalo: 0:2
Golos: Fajardo (12m;66m), Adebayor (39m) e Cassamá (80m).
Acção disciplinar: cartões amarelos para Hugo Rosa e Zorro
Apesar das Elites
Por causa do seu estatuto privilegiado, a maior parte dos bandidos foi aceite de volta. Há ruas e praças com os seus nomes e o dia da morte do candongueiro Gomes Freire chegou a ser feriado nacional durante a primeira república. Nada que surpreenda. Portugal é corno manso. É senhora habituada às infidelidades. Seja por dinheiro ou por ansiedade de status, esta gente privilegiada e com imensas responsabilidades sociais, esteve quase sempre do lado errado.
Foi assim em 1850 e 1640, quando os grandes nobres portugueses se apressaram a aceitar lugares nas cortes espanholas. Para a pátria ser independente foi preciso encontrar uma duquesa que quisesse ser rainha. Encontraram. Obviamente, espanhola.
Foi assim na solarenga tarde de Agosto de 1385, quando Nuno Alvares Pereira, e seus peões, tiveram de combater irmãos de sangue que se apresentavam a cavalo. E antes ainda, no princípio de tudo, na batalha de São Mamede. Foi o povo, de forquetas nas mãos, que acorreu ao ambicioso Afonso, porque, do outro lado, estavam cavaleiros em reluzentes aramaduras com lucrativos negócios em Castela.
Hoje já não há condes, generais ou marqueses. Mas há banqueiros, intelectuais e ministros. E há o povo. O bom povo. O povo das aldeias, dos campos, das tabernas e das conversas no café, o povo de cuja simplicidade tantas e tantas vezes se zomba, mas que permaneceu sempre fiel. Eles sabem que podiam viver melhor. Qautros por cento de crescimento ao ano, TGV, auto-estradas e clubes como o Barcelona ou Real Madrid. Mas bem podia Filipe prometer todo o ouro das Américas e Junot toda a igualdade da revolução que o povo, ao contrário de tantos outros, nunca se arrependeu de ter nascido português em Portugal."
Este texto é da responsabilidade de Rodrigo Moita de Deus e está publicado na revista Atlântico número 17 do mês de Agosto. Foi aviltantemente dali roubado e aqui despudoradamente transcrito sem conhecimento prévio do autor. Ele não se importará.
Parece-me que é particularmente pertinente tendo em conta a altura que atravessamos, em que à soberania nacional é-lhe posto um preço para em seguida a vender a retalho; os "centros de decisão", que outrora estavam nas mãos dos portugueses, fogem para Espanha, para a U. E. ou para "god knows where"; ministros há que se afirmam -pasme-se!- iberistas sem que isso acarrete qualquer sanção política correspondente. Faz por tudo isso sentido hoje, talvez mais do que nunca, pensar se ainda fará sentido afirmarmo-nos enquanto portugueses.
PS: A peça "Felizmente há luar" do dramaturgo Luis de Sttau Monteiro fazia parte, e penso que ainda faz, das obras de leitura obrigatória do programa de português do 12º ano do ensino oficial. Para quem não sabe a obra relata o processo público que a Coroa portuguesa moveu contra Gomes Freire de Andrade acusado de traição pela sua colaboração com as autoridades invasoras francesas e por conspiração de "coup d´état" (faz todo o sentido aqui utilizar a expressão francesa!). No decurso deste processo foi condenado à morte e enforcado no forte de São Julião da Barra. Ainda que o dramaturgo tenha utilizado este caso para fazer uma crítica velada ao Estado Novo, a obra não deixe de ser toda ela um panegírico ao general e às causas que aquele abraçou. Quando os sectores conservadores vêm a terreiro afirmar que o ensino português está inquinado por um pensamento esquerdizante e dissolutamentre anti-nacionalista, aqui fica pois uma prova provada disso mesmo.
PS2: Pedro, desculpa ter-te deixado a gerir o Condado totalmente sozinho durante todo o mês de Agosto, mas como bem sabes, onde estou raramente tenho acesso à internet. Ainda assim um muito obrigado pelo esforço e um enorme parabéns pela qualidade do material que tens postado aqui.
11 agosto, 2006
Terrorismo e Espionagem
Neste tipo de situação, veio-se a comprovar novamente a necessidade da existência de serviços de inteligência altamente qualificados, no quadro da política de Defesa e Segurança Pública de qualquer Estado moderno.
Em Portugal, os sectores de esquerda mais radical tendem a causar alarido, sempre que a sigla do SIS vem à tona em discussões públicas, a menos que estejam a combater supostos grupos de extrema direita. O SIS ainda não conseguiu exorcizar o fantasma da PIDE, existente no país num passado recente. Mas hoje, verificamos a necessidade urgente de dotar este organismo de maiores recursos tecnológicos e humanos para uma Segurança mais eficiente do Estado.
Por se tratar de uma instituição de cariz secreto, a informação existente sobre o SIS é bastante vaga. No entanto, parece-me que algumas coisas poderiam ser melhoradas no que diz respeito à sua acção no exterior. Dou-vos como exemplo a recente crise em Timor-Leste. Sendo um país estratégico para os interesses portugueses, não vejo razão plausível para ser a CIA, a fornecer os relatórios da situação que se vivia no país. Pelo meu conhecimento, um dos tradicionais modelos de espionagem, passa pela instalação de um agente de informações em cada embaixada no exterior. Não direi em todas, mas pelo menos nas que são consideradas mais importanes para os interesses nacionais. Se existem tantos adidos diplomáticos sem acção visível, porque não substituir alguns deles por elementos de maior utilidade?
Viu-se ontem, o notável papel desempenhado pelo MI6, na sabotagem dos atentados planeados para Londres, demonstrando desta forma que os serviços de inteligência serão os exércitos do futuro. Os inimigos já não se encontram nos campos de batalha, nem se agrupam em exércitos convencionais. O inimigo age nas sombras e esconde-se sob siglas de organizações terroristas transnacionais.
È hora de Portugal, se libertar de uma vez por todas de alguns complexos do passado, e, organizar um serviço de inteligência de primeira linha, que fucione em plena sintonia com as forças policiais e militares. As actividades de inteligência assumem-se agora como um importante pilar de qualquer estratégia de Defesa e Segurança Pública. Enganaram-se todos aqueles que viticinavam o seu declínio após o final da Guerra Fria.
Poderemos até possuir submarinos enferrujados, carros blindados avariados e aviões obsoletos, mas considero urgente a modernização e ampliação de competências do Serviço de Informações de Segurança.
A possibilidade da ocorrência de atentados terroristas em Portugal é diminuta, mas não nos podemos esquecer que a situação geográfica do país favorece a acção de diversas redes criminosas que operam de modo altamente profissional. Somos uma das portas de entrada de narcóticos no continente europeu, surgem as redes de imigração ilegal e prostituição, existem crimes financeiros,etc. Bem sei que no caso do nosso país, as funções do SIS ainda se misturam pouco com as competências das forças policiais, mas seria conveniente uma separação das águas neste campo.
Não sou alarmista, mas temos que deixar de pensar que muitas destas situações só acontecem no quintal do vizinho...
http://www.sis.pt/
10 agosto, 2006
José Sócrates em terras de Vera Cruz

O primeiro-ministro português, José Sócrates encontra-se no Brasil para uma visita oficial de quatro dias. Na agenda constam essencialmente matérias económicas, tendo como ponto alto da visita, a assinatura do acordo entre a OGMA de Portugal e a brasileira Embraer, que é ansiosamente esperado pelos trabalhadores de Alverca, desde que o grupo brasileiro adquiriu 65% das acções da empresa, no final de 2004.
A OGMA está a negociar a compra da unidade de manutenção da Portugália e ambiciona a mesma situação em relação à TAP. Para além do negócio da Embraer, e de uma nova parceria entre a Galp e a petrolífera Petrobras, o Governo também deseja impulsionar as exportações portuguesas para o Brasil e o investimento de empresários brasileiros em Portugal. Actualmente, os investimentos portugueses no Brasil somam 8 bilhões de dólares...
A questão da legalização dos imigrantes brasileiros em Portugal, acabou por ser abordada por pressões do Governo de Lula da Silva, uma vez que José Sócrates tinha a intenção de contornar habilmente estes assuntos. Tudo indica que irão ser concedidas mais facilidades aos imigrantes e o processo de atribuição de vistos de residência será feita de modo mais rápido. Pelos vistos Portugal, não está a braços com uma crise económica e existe a necessidade premente de entrada de mais imigrantes no país. No que diz respeito aos emigrantes e empresários portugueses que pretendem fixar residência no Brasil nada foi referido. Muito bem Eng. Sócrates!!! Vossa Exa é um mestre em diplomacia...
Curiosamente, verifico que a imprensa brasileira ignora quase por completo esta visita oficial do primeiro-ministro português. Será que isto reflecte o actual prestígio internacional de Portugal? Ou a imprensa local está mais ocupada com a campanha presidencial em curso, as numerosas CPIs por corrupção ou até mesmo com a final da Taça dos Libertadores?
09 agosto, 2006
Estrela da Amadora vs Atlético do Condado


Esta semana fica marcada, pelo início da digressão do Atlético do Condado. A primeira escala em Portugal, começou da melhor forma para os nossos rapazes com um triunfo sobre o Estrela da Amadora.
Para além da vertente desportiva, existe o propósito dos altos responsáveis do Condado em aproveitar esta viagem, para divulgar a vertente política e ideológica do nosso território utópico. Neste campo as coisas têm corrido de feição, com diversas solicitações para entrevistas a vários orgãos de comunicação social, presença em programas de televisão e audiências com alguns sectores políticos portugueses. Maria-Duquesa da Geira, eleita porta voz do Condado nesta digressão tem-se desdobrado entre declarações para os media e o agendamento de alguns jantares-comício.
Ontem, foi possível reunir cerca de 500 pessoas no primeiro destes jantares, realizado no restaurante da antiga FIL, em Lisboa. Para amanhã está marcado o jantar-comício no Porto, sexta-feira será a vez de Coimbra e Faro encerrará este ciclo de reuniões no próximo sábado.
No que diz respeito ao jogo em si, pode-se afirmar que se tratou de mais uma vitória convincente apesar do placard diminuto.
O Estrela da Amadora (9º classificado da I Liga na época passada) não é uma equipa acessível, quando joga no seu terreno e o Atlético do Condado jogou um pouco retraído nos vinte minutos iniciais. A pouco e pouco, foi-se libertando de algum nervosismo e impôs o seu futebol de características ofensivas.
A equipa da Reboleira não jogou mal, trocando bem a bola entre os seus jogadores mas não conseguindo criar situações de perigo iminente. A única excepção, foi um forte remate de Luís Loureiro aos 37m, que foi correspondido por uma brilhante defesa do guardião João Ricardo.
Na segunda parte, o Atlético entrou bem veloz em campo e obteu o golo da vitória por intermédio do internacional togolês, Adebayor. O golo permitiu encarar o jgo de forma mais tranquila e o Atlético mantinha a sua toada atacante. O Estrela também se mostrava aguerrido, mas novamente com pouca eficácia perto da grande área dos homens do Condado. O 1-0 obtido ao quinto minuto da segunda etapa manteve-se até ao final, para júbilo de Tony-Duque do Mucifal que obteve a segunda vitória consecutiva na sua curta carreira de treinador.
No sábado, o Atlético do Condado mantem-se na linha de Sintra e irá defrontar o Real Sport Clube em Massamá, às 19h.
Estrela da Amadora - Atlético do Condado 0:1
Estádio José Gomes, Amadora, Portugal (09/08/2006) - 8100 espectadores
Árbitro: Pedro Henriques
Estrela da Amadora: Paulo Lopes; Tony (Amoreirinha,45m); Hugo Carreira (Zamorano,73m); José Fonte; Edu Silva (Rui Duarte,60m); Luís Loureiro; Sérgio Marquês; Marco Paulo-cap (Targino,60m); Cleiton (Marcelo,73m); Moses e Dário.
Treinador: Daúto Faquirá
Atlético do Condado: João Ricardo; Patacas; Rolando (Santamaria,75m); Ricardo Rocha; Paíto; Andrej Komac (Gilmar,45m); Hugo Leal; Dominguez (Fajardo,67m); Morais (Tchomogo,87m); Sá Pinto - cap (Cassamá,80m) e Adebayor (Mário Jardel,80m).
Treinador: Tony-Duque do Mucifal
Ao intervalo: 0-0
Golos: Adebayor (50m)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Edu Silva, Paíto e Sá Pinto.
08 agosto, 2006
Uma história que se repete...

Os anos vão passando, os governos sucedem-se e nada muda. O Verão chega e com ele os calamitosos fogos florestais, que lentamente vão destruindo as riquezas naturais do nosso país.
Estamos perante um caso extremo de incompetência de todos os organismos, que regulam esta área, assim como dos próprios proprietários destes terrenos rurais.
Como sempre, os mais afectados são sempre os moradores destas áreas que vivem situações dramáticas, vendo o seu património ser consumido pelas chamas e os bombeiros que todos os anos combatem heroicamente este flagelo. Lamento, que em Portugal esta classe profissional ainda não tenha o seu valor devidamente reconhecido em termos sociais e salariais. Para mim, tem muito mais valor um soldado da paz do que um qualquer militarão de secretaria.
E já que falo em Forças Armadas...Porque não existe um esforço mais eficaz em colocar o exército a realizar mais trabalhos de vigilância florestal e abertura de corta-fogos?
Enquanto nada é feito, as nossas belas paisagens vão-se tornando cada vez mais cinzentas...
UNITA

A UNITA, acrónimo de União Nacional para a Independência Total de Angola foi inicialmente um partido armado que lutou contra o colonialismo português em Angola. Depois da independência deste país africano, passou à guerra de resistência contra o neo colonialismo russo-cubano que associavam aos marxistas do MPLA. Foi liderada durante mais de trinta anos por Jonas Savimbi. Durante um período de tempo, parecia ser a alternativa ideal para liderar o governo angolano mas acabou por se dispersar devido às posições extremadas de Savimbi, acabando por ser co-responsável pela guerra civil que assolou o país durante vários anos. Após a morte do seu líder, a UNITA tornou-se num partido civil e abandonou a luta armada.
A UNITA em Portugal, promoveu uma homenagem ao seu líder no sábado passado, no Hotel Príncipe em Lisboa, numa jornada de reflexão aobre a personalidade do fundador do maior partido da oposição em Angola.
Aqui no Condado, fazemos votos que a UNITA trilhe o rumo do sucesso, desempenhando o papel de uma oposição credível, passando a ter um papel mais determinante no futuro de Angola.
Eis a trancrição do comunicado do delegado da UNITA junto da comunidade angolana em Portugal, Dr. Ruben Sicato:
«Se estivesse vivo, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi completaria amanhã, 3 de Agosto de 2006, 72 anos de idade. A sua vida de combatente destemido na defesa dos ideais de uma Angola mais digna não permitiu que assim acontecesse, pelo que a 22 de Fevereiro de 2002 foi morto em combate nas matas do leste angolano pelas forças governamentais. Para celebrar esta data, às 18H00 do dia 5 de Agosto de 2006, os militantes e simpatizantes da UNITA em Portugal, vão se reunir no Hotel Príncipe, situado na Avenida Duque de Ávila, 201, em Lisboa, numa jornada de reflexão sobre a personalidade do fundador do maior partido da oposição. Os homens que marcaram a História continuam a ser uma referência para os seus países, mesmo depois da sua morte. E ninguém duvida que Jonas Savimbi mudou o curso da História em Angola.
Lisboa, 2 de Agosto de 2006
O Delegado da UNITA junto da Comunidade Angolana em Portugal Dr. Ruben Sicato»
07 agosto, 2006
O Lugar do Morto

Esta semana, continuamos no ano de 1986 e apresentamos esta noite no Condado, um dos filmes portugueses mais marcantes desta época. Trata-se de uma boa película policial, protagonizada por um elenco de qualidade que acabou por obter sucesso comercial nas salas de cinema. È realizado por António Pedro Vasconcelos, que a partir deste momento se evidenciou como um dos principais cineastas nacionais até aos dias de hoje. Os papéis principais foram destinados a Pedro Oliveira, jornalista da RTP, cuja promissora carreira de actor se eclipspu após a estreia do filme a Ana Zanatti, ainda jovem que interpreta o papel de uma misteriosa mulher. Nota de destaque para algumas cenas tórridas que ainda eram algo inéditas na cinematografia lusitana.
Álvaro Serpa, jornalista, assiste por acaso ao suicídio de um engenheiro, na sequência de uma discussão com a amante. Fascinado pelo ar misterioso dessa mulher, o jornalista não a cita nos autos de declaração à polícia procurando conhecê-la melhor. Acaba por ser vitimado no decurso das suas investigações.
Título Original: O Lugar do Morto
País de Origem: Portugal (1986)
Realização: António Pedro Vasconcelos
Elenco: Pedro Oliveira
Ana Zanatti
Rui Furtado
Luís Filipe de Barros
Teresa Madruga
Lima Barreto
Lídia Franco
Rui Morrisson...
05 agosto, 2006
Comunidade brasileira em Portugal
Grande parte deles, entra no país com um visto de turismo válido por seis meses e acaba por prolongar a sua estadia por tempo indeterminado. Normalmente, são oriúndos da classe média-baixa e procuram na Europa uma alternativa à sua vida de pobreza nos subúrbios das grandes cidades e muitos com dívidas por saldar no seu país. No entanto essa ilusão de mudança de vida muitas vezes transforma-se numa amarga realidade...
Chegados à Europa, não lhes resta grandes alternativas, senão abraçarem empregos subalternos , mal remunerados e com situações contratuais extremamente precárias, visto que muitos deles permanece em território nacional em situação ilegal. Com o objectivo de pouparem algum dinheiro, partilham alojamentos entre si e muitas vezes mal se alimentam. Alguns deles, findo o prazo de validade do seu voo de regresso a casa, vêm-se em situações delicadas e não são raros os casos, em que muitos já não possuem dinheiro para regressar ao Brasil.
Pela minha vivência de Brasil, verifico que existe por parte dos brasileiros uma visão distorcida do suposto Eldorado europeu. Ninguém lhes explica que Portugal de encontra a braços com uma profunda crise económica e são facilmente iludidos com a prespectiva, de virem a auferir salários em euros. Esquecem-se também que os custos de vida na Europa são bastantes superiores e também pagos com os ambicionados euros! Quase todos eles, sonham com um regresso ao Brasil com algumas economias para abrir o seu próprio negócio e poderem proporcionar uma vida mais confortável para as suas famílias.
Verifico com alguma consternação, uma crescente xenofobia em relação à comunidade brasileira em Portugal. Mas para mim, tal facto já não é digno de admiração pois também fui alvo de alguma descriminação no Brasil. Seremos verdadeiramente países irmãos como gostamos tanto de propagandear? Creio que não...
E quais serão as razões que fundamentam a segregação dos brasileiros em Portugal? As diferenças culturais e de atitude são abissais ao contrário do que se pensa. Passado algum tempo, passamos a rejeitar o carácter alegre e expansivo dos brasileiros. Quem não conhece casos de vizinhos, que reclamam dos 10 brasileiros que dividem o T2 no andar de cima e que aos domingos fazem festas com amigos, bebendo para lá da conta?
Mas o maior estigma será em relação às mulheres. Quantas vezes num café ou num supermercado, vemos sorrisos cínicos de homens ao ouvirem uma mulher falar com sotaque brasileiro?
Sabe-se que a grande maioria das prostitutas das boites portuguesas são brasileiras, mas isso é justificativo para se catalogar as pessoas? Será que alguma vez alguém parou para reflectir sobre os reais motivos deste fenómeno?
Muitas das que enveredam pela prostituição, são também ludibriadas com a ilusão de uma vida mais próspera na Europa e inicialmente tentam singrar nos ditos empregos convencionais. Logo verificam que os salários são diminutos e muitas vezes por uma questão de orgulho, recusam-se a revelar às suas famílias situação precária em que se encontram. Escolhem então o rumo da prostituição, que lhes proporciona rendimentos bem superiores, e lhes permite projectar a imagem de emigrante de sucesso quando visitam o Brasil. Está certo, está errado...? È uma questão moral que diz respeito aos valores de cada uma delas. Outras, todos sabemos que são directamente recrutadas no Brasil por redes de prostituição internacionais que as enganam com falsas promessas.
E esses senhores que soltam risinhos e levantam o sobrolho, não serão os mesmos que geram a procura deste tipo de serviços e frequentam as boites da Av.Duque de Loulé às escondidas das suas castas esposas, camuflados em jantares de amigos e horas extraordinárias na empresa?
Também gostaria de aqui revelar a todos, algumas regras desiguais nestes assuntos de imigração que envolvem Portugal e Brasil. O que acontece a um brasileiro que por exemplo vive durante dois anos em situação ilegal no nosso país? Absolutamente nada, a menos que seja flagrado por uma fiascalização do SEF! Se tencionar abandonar o país, entrega o seu passaporte na alfândega, recomendam-lhe que não repita a façanha e nada mais lhe acontece.
O mesmo não acontece no Brasil. Qualquer estrangeiro que exceda o prazo de seis meses do seu visto de turismo, vê-se obrigado a pagar uma coima por cada dia a mais que permanecer em território brasileiro. Se for uma estadia longa, imaginem a conta que o espera no aeroporto! Igualdade de critérios!? Não creio...
Eis uma boa questão para José Sócrates discutir com Lula da Silva, na visita oficial que irá realizar na próxima semana ao Brasil.
E de uma vez por todas temos que regulamentar as questões migratórias no nosso país. È bom para nós e bom para os imigrantes. Existiriam menos ilusões e sonhos desfeitos...
Entendimentos à direita?
O presidente do Partido da Nova Democracia defendeu ontem um congresso de toda a direita portuguesa, incluindo o PND, CDS-PP e independentes, para definir uma plataforma política para o país.
Com a devida vénia à Rádio Renascença"É necessário que toda a direita - CDS, Nova Democracia e independentes - faça um congresso para avaliar, em primeiro lugar, pontos de comunhão em termos de pensamento e, num segundo momento, pensar numa plataforma eleitoral alargada se ela for possível", afirmou Manuel Monteiro à Agência Lusa.O presidente do PND afirmou ser "necessário que haja uma plataforma de pensamento, onde se explique ao país o que é a direita portuguesa", sublinhou."O que têm em comum os democratas cristãos, os conservadores e os liberais? É preciso explicar tudo isto", concluiu Manuel Monteiro, após uma visita a Espinho, onde fez uma viagem num barco de pescadores.O líder do PND afirmou ter já apresentado essa proposta de plataforma política ao presidente do CDS, Ribeiro e Castro, num almoço realizado segunda-feira.Manuel Monteiro, que abandonou o CDS em 2002 para fundar a Nova Democracia no ano seguinte, lamentou contudo que o encontro com Ribeiro e Castro tenha suscitado "reacções negativas" no interior do CDS, frisando "não ter nada a ver" com as "guerras" no partido.
Seria bom, que realmente houvesse um entendimento na ala das direitas portuguesas que se encontra fragmentada em inúmeras facções, famílias ideológicas e vítima de inúmeras guerras de egos e vaidades. Para bem de Portugal e de todos nós!
D.Afonso Henriques Gate

Actualmente muito se fala em SIMPLEX, mas parece que muitas vezes ainda se gosta de ligar o complicómetro nas profundezas da república socialista.
Alguém me consegue explicar, a razão de tanto alarido em relação à abertura do túmulo do rei D.Afonso Henriques em Coimbra, para realização de investigações científicas?
Será mais um braço de ferro entre as vaidades que opõem o Ministério da Cultura ao IPPAR?
Sua Alteza Real a esta hora, deve andar ás voltas na sua sepultura! Tanto esforço para fundar uma nação de burocratas...
04 agosto, 2006
Hugo Chavéz barrado no Forte

O presidente venezuelano Hugo Chávez, chegou quarta-feira à noite à capital do "nosso" amado Benim (Cotonou) para uma visita relâmpago de 24 horas. Chavez, que partiu do Mali e acompanhado por alguns membros do seu governo, foi recebido pelo colega Boni Yayi.
Durante esta visita, os dois presidentes manifestaram o desejo de uma reforma da ONU para torná-la mais democrática e mais representativa da configuração política e económica actual do mundo, afirma um comunicado conjunto da visita, lido pelo ministro beninense das Relações Exteriores, Aladji Boni.
O presidente Chavéz e seu homólogo anfitrião, defenderam a necessidade de consolidar as relações entre os seus dois países e de aproximar os seus dois povos unidos pela história e pela cultura. Que laços!?
Durante a sua estadia, o chefe de Estado venezuelano inaugurou a Embaixada do seu país no Benim.
A visita de Chavéz ao Benim acontece como parte de uma viagem internacional que passou pela Argentina, Rússia, Irão, Vietnam e Mali.
A cruzada de Hugo Chavéz com o seu marxismo encapotado, em busca de protagonismo político e querendo-se afirmar como porta-voz do Terceiro Mundo é impressionante!
Na passada quarta-feira, logo após o jogo do Atlético do Condado, chegou-nos um comunicado que revelava as intenções de Hugo Chávez em visitar o Condado. Desde logo o seu pedido foi recusado, o Forte encerrou as suas portas até hoje e a mílicia ficou alerta para qualquer tipo de ofensiva populista do venezuelano.
Que fique bem claro, que gente desta índole não é bem acolhida neste nosso estado utópico!
03 agosto, 2006
Atlético do Condado II
Existia o firme propósito de convidar uma equipa europeia, para esta partida amigável. Vários convites foram feitos mas todos eles recusados. Os clubes alegaram falta de condições logísticas para se deslocarem ao Benim. A honrosa excepção coube ao West Ham da Inglaterra, emblemático clube londrino. Curiosamente, a federação inglesa foi sempre uma das poucas que apoiou desde o início as aspirações do Atlético do Condado em disputar as competições da UEFA.
Outro motivo de comemoração, foi que terça-feira, o orgão máximo do futebol europeu deliberou que o Atlético do Condado terá direito a disputar, as pré-eliminatórias das competições europeias na época 2007/2008. Após uma intensa luta judicial, foi aceite a excepção deste clube de génese europeia sediado em África. Para tal, o Atlético terá que se sagrar vencedor do campeonato do Benim nesta temporada (pré-eliminatórias da Liga dos Campeões) ou ficar em 2º ou 3º lugar da classificação para disputar as pré-eliminatórias da Taça UEFA. Foi-nos concedido um coeficiente futebolístico idêntico ao das Ilhas Faroé!
Para esta partida, o técnico Tony-Duque do Mucifal teve à sua disposição todo o seu plantel, à excepção de Vasco Faísca que se encontra a braços com uma crise de paludismo. A vida em África tem destas coisas...
Quanto ao jogo? Justo. Este parece-nos ser o termo correcto para falar da vitória do Atlético do Condado neste jogo de estreia. O West Ham, já se sabia, era um adversário de respeito por possuir um histórico consolidado no seu país.
A primeira meia hora de jogo teve domínio total do Atlético, que se traduziu no golo obtido aos 22 minutos por Sá Pinto. Após os 30 minutos, o West Ham organizou-se melhor em campo e tornou-se uma equipa mais perigosa. Perto do intervalo, igualam a partida num jogada de futebol aéreo, típico das equipas britânicas.
A segunda metade da partida, revelou-se bem mais equilibrada com intensa disputa no meio campo. Aos 69 minutos, surge o segundo golo do Atlético, obtido na sequência da cobrança de um pontapé de canto.
Os últimos 15 minutos de jogo e acréscimos foram de intenso sufoco para a equipa da casa. O West Ham intensificou o seu ataque demonstrando, que não queria sair derrotado frente a clube estreante nestas lides. Contudo, o Atlético foi habilidoso a gerir a vantagem no marcador, que defendeu heroicamente apesar de duas situações de golo iminente, protagonizadas pelos hammers.
Queremos aqui deixar o nosso agradecimento ao trio de arbitragem convidado, liderado pelo português Olegário Benquerença, a toda a imprensa desportiva que se deslocou a Ouidah para fazer a cobertura da partida e endereçar um especial abraço a Gabriel Alves que comentou a partida, em directo na Rádio do Forte.
Segunda-feira pela manhã, o Atlético do Condado estará de partida para uma mini-digressão que fará escala em Portugal e Brasil. Esta longa viagem foi possível graças a um patrocínio de um importante grupo hoteleiro português, obtido através dos esforços de Tony-Duque do Mucifal e do seu amigo Lois.
A primeira etapa desta digressão será por terras lusitanas, onde estão agendadas partidas frente ao Estrela da Amadora e Real Sport Clube de Massamá (III Divisão). Segue-se a deslocação ao Brasil, onde o Atlético do Condado irá defrontar a Portuguesa dos Desportos (a convite do acja), o Vasco da Gama e o ABC FC de Natal.
Esta digressão servirá para testar as potencialidades do plantel e para adquirir ritmo competitivo já que o campeonato do Benim terá início no próximo dia 16 de Setembro. Por outro lado, esta viagem servirá também para divulgação dos propósitos políticos e ideológicos do Condado em territórios lusófonos.
Atlético do Condado - West Ham 2:1
Estádio da Amizade (10.000 lugares), em Ouidah, Benim (02/08/2006) - 7300 espectadores
Árbitro: Olegário Benquerença (Portugal)
Atlético do Condado: João Ricardo; Nélson; Rolando; Santamaria (Ricardo Rocha,55m); Paíto; Gilmar (Morais,45m); Hugo Leal; Dominguez; Tchomogo (Zé Kalanga,67m), Sá Pinto-cap (Jardel,80m); Adebayor (Lourenço,88m).
Treinador: Tony - Duque do Mucifal
West Ham: Roy Carroll; Paul Konchesky; Danny Gabiddon (Clarke,73m); Aston Ferdinand; Christian Dailly; Williams (Reid,58m); Etherington; Yossi Benayoun (Lee Bowyer,73m), Newton, Teddy Sheringham-cap (Harewood,79m); Dean Ashton (Cole,45m).
Treinador: Alan Pardew
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Sá Pinto (22m), Sheringham (40m), Morais (69m)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Ricardo Rocha, Danny Gabiddon e Newton
P.S. - Não entenderam!? Aconselho então a consulta de um texto aqui publicado no passado dia 9 de Julho.