31 agosto, 2006
Colares * Entre o mar e a serra *
Hoje, gostaria de prestar homenagem à minha vila preferida do reino de Portugal.
Colares é para mim, lugar de recordações de infância, local de refúgio nas horas de melancolia em que gosto de observar o mar revolto, longas caminhadas na serra, recordação de amores passados e boas amizades.
Quem sabe se não terminarei meus dias por tão belas paragens...
A autoria do vídeo está a cargo de Nuno Saraiva, que possui um interessante blogue sobre esta vila do concelho de Sintra.
Hoje, gostaria de prestar homenagem à minha vila preferida do reino de Portugal.
Colares é para mim, lugar de recordações de infância, local de refúgio nas horas de melancolia em que gosto de observar o mar revolto, longas caminhadas na serra, recordação de amores passados e boas amizades.
Quem sabe se não terminarei meus dias por tão belas paragens...
A autoria do vídeo está a cargo de Nuno Saraiva, que possui um interessante blogue sobre esta vila do concelho de Sintra.
30 agosto, 2006
Regresso ao Caldas
Manuel Monteiro regressou hoje à sede do CDS-PP, oito anos depois de ter abandonado a liderança do partido, para apresentar a proposta do Partido da Nova Democracia (PND), a que preside, para um manifesto da direita, onde se defende um "amplo debate" sobre aquela facção partidária. A proposta foi também entregue na sede do PSD.
in Público (29/08/2006)
Em 1995, o CDS/PP foi um dos últimos grandes projectos de refundação da direita portuguesa. Manuel Monteiro, com pouco mais de 30 anos e com uma licenciatura por concluir, revolucionou por completo um partido que se encontrava esquecido. Incompatibilizou-se com alguns quadros mais antigos do CDS, exultava um discurso nacionalista e anti-federalista que me seduziu na época, levando-me a ingressar na política activa pela primeira vez.
A base ideológica arquitectada por Paulo Portas era verbalizada de modo eficaz, por um Monteiro ainda jovem e cheio de sangue na guelra. Mas cedo se percebeu que este projecto tinha pés de barro, e o CDS/PP acabou por ruir devido a graves conflitos de ego dos seus principais líderes.
A paciência nunca foi uma das virtudes de Manuel Monteiro, que preferiu bater com a porta e fundar um micro-partido. Deveria ter feito a sua travessia do deserto e aguardar o melhor momento para regressar ás luzes da ribalta. Hoje, quer protagonizar uma nova refundação da direita nacional e apela insistentemente para o seu antigo partido. Mas Monteiro, esqueceu-se que as actuais linhas ideológicas do CDS/PP estão já bastante distantes de 1995 e que a sua pessoa causa grande incómodo lá para as bandas do Largo do Caldas.
E com estes enredos, vai a direita portuguesa dividindo-se cada vez mais em diversas facções que vivem de costas voltadas e olhando para o seu próprio umbigo. Apesar de tudo, seria com agrado que veria todas estas forças políticas discutirem ideias e alcançar uma plataforma mínima de entendimento para travar a anarquia reinante nesta república socialista.
29 agosto, 2006
Só para aventureiros!
Vivemos uma época em que o turismo se democratizou, em virtude dos pacotes de viagem comercializados a preços apelativos. Contudo, nunca fui grande entusiasta deste tipo de viagens massificadas com seus hóteis impessoais e itenerários com horários rígidos.
Sou entusiasta de apenas comprar a passagem aérea e deixar-me guiar pelo prazer da descoberta e das situações inesperadas. Gosto de sentir o quotidiano das populações locais, ser dono do meu próprio tempo e registar histórias memoráveis. Prescindo de luxos e mordomias, pelo prazer de aventura, descoberta de rostos, cheiros e sabores diferentes.
Para estas incursões, sempre me socorri dos guias Lonely Planet que considero dos melhores do mundo. Estes livros são autênticos guias para espiões em missões no exterior, pelo seu rigor e grau de pormenor.
Como ilustração, deixo-vos aqui dois guias imprescindíveis para todos aqueles que nos quiserem fazer uma visita aqui no Forte. Disponíveis na secção de turismo/viagens de qualquer boa livraria.
http://www.lonelyplanet.com/
27 agosto, 2006
Invasão lusitana
Na edição desta semana da revista Visão, foi publicada uma interessante reportagem sobre a recente moda de possuir uma casa de férias no Brasil. Só num ano, mais de 8 mil portugueses adquiriram imóveis de férias no Nordeste brasileiro.
Para além do numeroso contingente de veraneantes, convém acrescentar que alguns deles acabam por fixar residência e estabelecer os seu próprios negócios. Em 2002, eu já falava deste mergente nocho de mercado a que muito poucos deram importância. Embarquei com entusiasmo nesta aventura e por aqui fiquei.
Acaba por ser uma boa alternativa para todos aqueles que desejem do fugir do bulício das grandes cidades...
Fantasia tropical
Quem nunca sonhou possuir uma ilha só para si? Este sonho ainda é possível mediante o dispêndio de uma onerosa quantia. A Ilha do Flamengo, localizada do Nordeste do Brasil, bem perto da famosa Praia de Pipa, encontra-se à venda.
Como escreveu Gedeão, o sonho comanda a vida e nada como dar largas à fantasia, num dia de domingo. Aqui no Condado, estamos a ponderar a sua aquisição porque os aposentos do Forte e redondezas estão-se a tornar acanhados para o crecente número de residentes. Tornar-se-ia então a primeira filial do Condado!
Para esclarecimentos adicionais podem-me contactar...
http://www.rnimoveis.com/natal-brasil/imoveis/terrenos/ilha-do-flamengo/56/
26 agosto, 2006
Triste fado
O desemprego de longa duração, ou seja, há mais de dois anos, aumentou em Portugal no último trimestre entre jovens com idade inferior aos 24 anos. Em Junho, havia 17.900 jovens desempregados nessa situação, contra apenas 10.400 registados no primeiro trimestre. O que significa um aumento de 72% no espaço de doze meses e de 40% face ao primeiro trimestre.
in Expresso (22/08/2006)
Escusamos de faler em ideologias ou proferir discursos patrióticos inflamados, quando o cidadão comum se depara com notícias deste tipo. Estes problemas dizem respeito a grande parte da população do nosso país, cada vez mais afastada das discussões políticas porque se vê diariamente confrontada com problemas bem mais urgentes no seu quotidiano. Falamos do dinheiro que não chega para pagar as contas no final do mês, da procura de um emprego cada dia mais difícil, para tentar possuir os mínimos requesitos materiais exigíveis numa sociedade que se afirma europeia e moderna. Para além dos trabalhadores portugueses possuirem dos poderes de compra mais reduzidos da UE, verifica-se que os sinais de retoma que o Governo proclama são contraditórios e que o cenário de emprego se torna cada vez mais sombrio. Convém não esquecer que nas estatísticas do IEFP nunca são contabilizados os numerosos casos de trabalho precário ou subemprego que ainda subsistem em Portugal, que poderiam tornar estes dados ainda mais alarmantes.
Não nos adianta promover grandes debates ideológicos quando os nossos compatriotas não têm emprego ou são constantemente ameaçados de desemprego, vivendo rotinas monótonas sem acesso à cultura, porque muitas das vezes o salário já nem chega para alimentarem devidamente as suas famílias, quanto mais para aquisição de livros, idas ao cinema ou escrever em blogs. Parece-me que em alguns aspectos, a nossa sociedade parece não ter evoluído muito em relação ao que se viveu no período 1973/1977 em termos laborais.
Este até poderia ser o discurso de um marxista, mas é a minha revolta porque vejo que vivemos num país de mentira, falsamente desenvolvido e cada vez mais afastado dos padrões europeus tão propagandeados pelos euro-federalistas.
Eng. Sócrates, explique-me então o que aconteceu com a retoma e milhares de empregos prometidos na sua última campanha eleitoral?
Diga-me que o país ainda tem emenda e que eu não terei de adiar eternamente o meu regresso a Portugal...
in Expresso (22/08/2006)
Escusamos de faler em ideologias ou proferir discursos patrióticos inflamados, quando o cidadão comum se depara com notícias deste tipo. Estes problemas dizem respeito a grande parte da população do nosso país, cada vez mais afastada das discussões políticas porque se vê diariamente confrontada com problemas bem mais urgentes no seu quotidiano. Falamos do dinheiro que não chega para pagar as contas no final do mês, da procura de um emprego cada dia mais difícil, para tentar possuir os mínimos requesitos materiais exigíveis numa sociedade que se afirma europeia e moderna. Para além dos trabalhadores portugueses possuirem dos poderes de compra mais reduzidos da UE, verifica-se que os sinais de retoma que o Governo proclama são contraditórios e que o cenário de emprego se torna cada vez mais sombrio. Convém não esquecer que nas estatísticas do IEFP nunca são contabilizados os numerosos casos de trabalho precário ou subemprego que ainda subsistem em Portugal, que poderiam tornar estes dados ainda mais alarmantes.
Não nos adianta promover grandes debates ideológicos quando os nossos compatriotas não têm emprego ou são constantemente ameaçados de desemprego, vivendo rotinas monótonas sem acesso à cultura, porque muitas das vezes o salário já nem chega para alimentarem devidamente as suas famílias, quanto mais para aquisição de livros, idas ao cinema ou escrever em blogs. Parece-me que em alguns aspectos, a nossa sociedade parece não ter evoluído muito em relação ao que se viveu no período 1973/1977 em termos laborais.
Este até poderia ser o discurso de um marxista, mas é a minha revolta porque vejo que vivemos num país de mentira, falsamente desenvolvido e cada vez mais afastado dos padrões europeus tão propagandeados pelos euro-federalistas.
Eng. Sócrates, explique-me então o que aconteceu com a retoma e milhares de empregos prometidos na sua última campanha eleitoral?
Diga-me que o país ainda tem emenda e que eu não terei de adiar eternamente o meu regresso a Portugal...
A bola já rola!
Este fim de semana tem início o campeonato nacional. Como sempre não existem grandes novidades...Os candidatos ao título são os suspeitos do costume, regressam as intrigas entre clubes e orgãos federativos, as polémicas da arbitragem e as acaloradas discussões das segundas-feiras no trabalho ou no café do bairro. Lá para metade do candidato já se sabe que metade das equipas da I liga lutam para não ser despromovidos ao escalão secundário, o que ilustra da melhor forma a falta de competitividade do nosso campeonato.
Apesar de tudo, muitos portugueses passam grande parte do Verão a suspirar por futebol, acompanhando com entusiasmo as contratações do defeso. Esta época, fico satisfeito pela presença de três clubes portugueses na milionária Liga dos Campeões, mas deveras apreensivo pelos golpes de teatro desta primeira jornada que apenas servem para denegrir a imagem do desporto-rei. Desejo rápidas melhoras ao futebol português que pela amostra, ainda sofre as sequelas de doenças já antigas.
Entretanto, estamos à espera que a parabólica do Forte seja reparada para podermos acompanhar os jogos que se disputam na metrópole...
Ai que horror!
A gerência das discotecas Klube e Kasablanca, em Vilamoura, desrespeitou a ordem de encerramento da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) determinada na véspera por irregularidades detectadas no licenciamento e nas condições higieno-sanitárias – e abriu os estabelecimentos na noite de quinta para sexta-feira, uma acção que levou à detenção, esta madrugada, do administrador do grupo K, Paulo Dâmaso.
De acordo com a ASAE, a detenção ocorreu pelas 0h30, tendo Paulo Dâmaso sido levado, algemado, para as instalações daquela entidade, onde foi ouvido pelo crime de desobediência.
in Correio da Manhã (26/08/2006)
Uma notícia que vem abalar profundamente, o regimento de colunáveis que ainda se encontra a banhos no Algarve. Aguardam-se grandes engarrafamentos de tios deprimidos rumo a Lisboa! :)
Paulo Dâmaso, este tipo de evento não é nada chique...
25 agosto, 2006
Manual de Direita
Enquanto a esquerda é bem conhecida, quer através dos seus próprios partidários, quer através das obras ou estudos sobre a sua ideologia e a sua política, a direita é bastante ignorada e, quando referida, é-o geralmente na visão caricatural dos seus adversários.
Este livro pretende, em termos de história das ideias e da prática política no nosso século, em Portugal e na Europa, traçar as bases fundamentais das ideias do pensamento e dos regimes políticos das diversas "famílias espirituais" que se consideram na área da direita.
Jaime Nogueira Pinto
Aproveitando o facto de ter feito a transcrição do artigo de opinião da sua esposa, faço-vos aqui uma sugestão de leitura de um autor que pessoalmente considero um dos principais pensadores do campo da direita nacionalista em Portugal. O livro foi inicialmente editado em 1996 e alguns dos seus capítulos acabam por estar um pouco datados no tempo, mas mesmo assim será uma óptima leitura para todos aqueles que querem saber um pouco mais sobre a história das várias famílias de direita. A linguagem utilizada é bastante simples, e poderíamos mesmo afirmar que estamos perante um manual didáctico de direita para principiantes.
Ainda hoje sinto falta das aulas que tive na universidade com Jaime Nogueira Pinto, que juntamente com António Marques Bessa foram os meus mestres ideológicos e políticos.
A Direita e as Direitas - Jaime Nogueira Pinto; Difel (1996)
A direita, as direitas e os partidos
Chego da Tunísia e verifico que, a propósito de quase nada, a silly season conseguiu produzir um aparente facto político.Trata-se do famigerado congresso da direita portuguesa, depois tratado como "Estados Gerais". Aos iludidos promotores parece bastar a ocorrência do evento. A substância da questão está manifestamente fora das suas intenções e preocupações.A convocatória seria do presidente do PND, mas, como ele próprio afirma, a título individual, visto que o seu partido ainda não decidiu se está à direita ou se está à esquerda.A substância da questão é, contudo, muito diferente. E por isso o tal congresso da direita portuguesa não acontecerá certamente e uns "Estados Gerais", se acontecerem, o presidente do PND será certamente o último a saber. A organização partidária do espaço da direita no post-25 de Abril sofreu uma evidente má formação genética explicável pelas circunstâncias históricas, o PREC, o pacto MFA- -partidos e tudo o mais que se conhece, o que levou ao assentamento de uma direita "consentida". Nesse mesmo tempo, embora noutros espaços, uma parte significativa e representativa da direita portuguesa não viu nesses partidos nem poder de convocatória nem legitimidade representativa (releiam-se os programas então apresentados pelo PPD ou CDS) e optou por se manter à margem deles, resistindo quando foi preciso, votando útil quando em quem considerou um mal menor.A matriz partidária da direita sofreu esta perversão fundacional, o que explica que as respectivas bases estejam, em regra, mais à direita que os seus dirigentes e o facto de serem estes, e não os partidos organicamente considerados que, recorrentemente, mudam pelo discurso ou pela prática, os respectivos fundamentos doutrinários, com as consequências da deslocalização do eleitorado, a multiplicação das crises internas, a confusão do discurso e a mudança sucessiva de prioridades e programas. Se é certo que a crise político-partidária é generalizada, atingindo do mesmo modo a esquerda, a ruptura histórica de 74/75, à direita, constituiu um ónus, ainda não ultrapassado.A oportunidade da refundação da direita não decorre, contudo, do mau estado partidário, mas antes, por exemplo, da necessidade de fornecer enquadramento ideológico e doutrinário a modos concretos de ver Portugal, de rever conceitos face às grandes transformações das sociedades, de dar forma a aspirações e reivindicações quanto ao fundo e ao modo de governação.Neste sentido - o único que realmente interessa - esta refundação parte de um exercício intelectual, cultural e político ocorrendo por definição fora do território partidário, caracterizado hoje por separar mais do que junta e partir mais do que une, ciclicamente desgastado por discórdias e cizânias internas.Para este exercício são indispensáveis os que, para além dos partidos, reflectem estas questões, constroem pensamento, estudam, se informam e debatem com uma liberdade e rasgo que a cultura dominante subtrai aos que exercem actividades partidárias, em regra limitados a uma agenda mediatizada e medíocre.É neste universo muito mais vasto - hoje curiosamente visível, por exemplo, na blogoesfera - que as direitas (e as suas novas gerações) se manifestam e se arrumam numa organicidade inorgânica, muito mais produtiva no plano das ideias e muito mais estimulante no plano interventivo. É assim que exercem a sua influência com um alcance transversal, suprapartidário, e comprovada efi- cácia. Esta refundação só pode ocorrer por uma conjugação de vontades, na sua esmagadora maioria exógena aos partidos. Ou seja, a refundação da direita a partir de uma reflexão cruzada das direitas não é uma intenção ou iniciativa partidária. Ela ocorrerá se e quando estas vontades se conjugarem e nunca porque conjugadas.Entende-se quanto a refundação da direita a partir das direitas - a que prosaicamente os partidos chamam "Estados Gerais" - seria útil para dar à intervenção partidária um rumo e um vigor que parecem perdidos.Mas, neste caso, não basta wishfull thinking...Fui sempre uma mulher de direita. Sou também, por livre e consciente opção, militante do CDS/PP.Nesta dupla condição não quero ver, precipitadamente queimadas, estas ideias que noutras condições poderão ter valor substantivo e pernas para andar. Estou certa de que o partido saberá, sempre, qual é o seu lugar.
Maria José Nogueira Pinto in Diário de Notícias (25/08/2006)
Maria José Nogueira Pinto in Diário de Notícias (25/08/2006)
24 agosto, 2006
Por um Brasil decente
O Brasil irá a votos no próximo dia 1 de Outubro, para eleger Presidente da República, senadores, governadores estaduais e deputados. As actuais sondagens apontam para uma larga vantagem de Lula da Silva, que a cumprirem-se as previsões venceria as eleições na primeira volta. Um dado curioso, quando os analistas afirmam que quase 60% do eleitorado brasileiro é de direita...
Geraldo Alckmin é o seu principal opositor, apoiado pela coligação de centro-direita PSDB-PFL e que na minha opinião parece ser a pessoa mais indicada para ocupar o cargo. Licenciado em medicina, com vasta experiência política, Alckmin teve como ponto alto do seu percurso profissional, o cargo de governador do estado de S.Paulo onde demonstrou largas capacidades de liderança. Defende como principais metas a atingir, uma melhoria dos programas sociais do Governo e uma redução substancial dos impostos com o intuito de gerar mais investimentos e emprego.
Do outro lado da barricada, temos o populista Lula da Silva que infelizmente ainda personifica as limitadas aspirações das classes mais desfavorecidas, que temem a perda de ínfimas regalias obtidas durante o seu mandato. A população do país não se deveria acomodar com pequenos agrados, passando a exigir menos escândalos políticos, serviços públicos de qualidade, mais segurança e que a enorme chaga do desemprego seja combatida de forma eficaz.
Para tal, são necessárias francas melhorias do sistema de ensino e condições que permitam um maior dinamismo da classe empresarial, sufocada por inúmeros impostos e rígidas leis trabalhistas que condicionam os investimentos e consequente criação de postos de trabalho.
Neste país onde o voto é obrigatório, temos ainda pela frente pouco mais de um mês de campanha eleitoral que espero que sirva para esclarecimento da população, com esperança que a presente tendência de voto possa ser invertida.
Aqui no Condado, torcemos por uma vitória de Geraldo Alckmin que luta por um Brasil melhor. A ver se é desta que o gigante adormecido desperta para os rumos do pleno desenvolvimento.
http://www.geraldo45.org.br/
23 agosto, 2006
Colonização espanhola?
Ontem, o Diário de Notícias (clicar no título do post) publicou um artigo na sua secção de economia que nos informa que Portugal tem 1050 empresas com capitais espanhóis. È sempre com alguma reticência que encaro as investidas de nuestros hermanos em território lusitano. Bem sei que vivemos tempos complicados, que o investimento estrangeiro e a consequente criação de novos postos de trabalho são bem vindos mas ainda assim, sou daqueles que rejeita integralmente qualquer tipo de simpatia ibérica.
Não coloco em causa a visão estratégica dos empresários espanhóis nem as suas competências de gestão, que fazem corar de inveja a classe empresarial portuguesa. Tenho vários amigos que trabalham em empresas espanholas e as opiniões sobre as mesmas divergem em muitos dos casos. Talvez eu pense de maneira errada e esteja desajustado das novas realidades europeias que nunca me convenceram, pois sempre me afirmei como eurocéptico.
Por isso queria aqui lançar o eterno debate sobre Portugal vs Espanha. Vocês ainda são daqueles que acham que de Espanha nem bom vento nem bom casamento ou consideram-se ibéricos de alma e coração?
Eu acho que já deixei bem clara a minha posição neste debate e não pretendo repudiar aqueles que defendem teses contrárias mas desejava que teses bem fundamentadas para ambos os lados.
Podem colocar aqui ao barulho a Zara, o El Corte Inglés, Olivença, Aljubarrota e afins! :)
Armada africana
Para já é apenas um "risco", mas as autoridades portuguesas admitem que a vaga de imigrantes africanos que têm aportado às Canárias e a outros pontos da Europa mediterrânica possa deslocar-se para Portugal. Essa ameaça, que incide sobretudo na Madeira e no Algarve, já levou os ministérios da Defesa e da Administração Interna a agir, preparando um plano de contingência.
As autoridades portuguesas ponderam a possibilidade de fenómenos como os que têm ocorrido nas Canárias e no Sul de Espanha, onde chegaram milhares de imigrantes ilegais africanos nas últimas semanas, poderem vir a ocorrer em território nacional.
in Público (22/08/2006)
A corveta da marinha de Guerra portuguesa, Baptista de Andrade, iniciou na segunda-feira, no mar de Cabo Verde, uma missão de 45 dias de combate à imigração ilegal para a Europa.
Na ocasião a ministra da Defesa de Cabo Verde, Cristina Fontes Lima, salientou a importância da presença do navio português nas águas do arquipélago para o arranque de uma nova fase de controlo do espaço marítimo nacional com uma fiscalização sistemática que será realizada com o apoio dos EUA, França e Espanha. As intervenções serão da responsabilidade das autoridades nacionais que, para o efeito, terão a bordo elementos da Guarda-Costeira e SEF.
Situado a cerca de 600km do Senegal e a distância semelhante das Canárias, o território de Cabo Verde tem sido utilizado como plataforma de passagem para a Europa, principalmente pela acção das máfias nigerianas que controlam o negócio da imigração ilegal.
Ora aqui está uma função de extrema importância para as nossas Forças Armadas que serão muito mais úteis neste tipo de funções do que no conflito do Médio Oriente distante dos interesses geoestratégicos de Portugal.
Mas já agora...Que tipo de imigrante ilegal procura ainda um Eldorado no nosso país!? Decerto que anda alheado da realidade dos factos.
21 agosto, 2006
World Trade Center Trailer (portugues) Legendas by Kablam
Quero ver mais
Quero ver mais
19 agosto, 2006
Recados da tia Constança
"A eleição do prof. Cavaco Silva liquidou por muitos e bons anos a famosa 'refundação' da direita com que alguns espíritos se entretiveram, depois do descalabro provocado pelo dr. Durão Barroso e pelo seu impensável sucessor"
Constança Cunha e Sá - Público (18/08/2006)
Constança Cunha e Sá - Público (18/08/2006)
18 agosto, 2006
História das Colonizações
Marc Ferro, historiador famoso sobretudo pelos estudos dedicados à história da URSS, bem como por seus trabalhos pioneiros sobre as relações entre cinema e história, faz deste História das Colonizações um dos ensaios mais abrangentes já produzido sobre o fenómeno das colonizações na história contemporânea.
Ferro trata da expansão colonial europeia, traçando uma visão histórica comparativa com outros colonialismos, entre eles o árabe, o turco e japonês. No final, após fazer o balanço da chamada descolonização do pós-guerra, ele propões o interessante conceito de imperialismo multinacional, forma actual de controlo dos países pobres que advém da mundialização da economia e da globalização das estruturas de poder político para além das fronteiras de estados nacionais.
História das Colonizações - Marc Ferro; Editorial Estampa
E com esta sugestão de leitura que vos deixo aqui, o Condado atinge a meta dos primeiros 100 posts publicados, em pouco mais de três meses de actividades!
17 agosto, 2006
Agosto, meu lindo Agosto!
Este talvez seja o mês mais desejado por esmagadora maioria dos portugueses. A época em que o Algarve ameaça afundar no Atlântico, dado o fluxo migratório que todos os anos se realiza no sentido Norte-Sul. Temporada de regresso dos emigrantes, de festas populares em qualquer vilarejo digno desse nome, casamentos, filas em restaurantes e praias superlotadas.
No entanto, Agosto é um mês deveras importante para a imprensa cor-de-rosa, que persegue tenazmente as celebridades instantâneas que grassam no nosso país. Ao contrário da silly-season que se abate sobre a imprensa tradicional, as supostas revistas sociais que surgiram no mercado editorial que nem cogumelos, não têm mãos a medir, dado o elevado número de happenings que ocorrem a Sul.
Muitas das figuras do prestenso jet-set nacional, mostram-se espcialmente activas neste período, parecendo até que hibernam durante os meses mais frios e ressurgindo das cavernas em finais de Junho, para uma grandiosa época estival.
Indiferentes a crises económicas, conjecturas políticas ou até mesmo ondas gigantes no litoral algarvio, eles saltitam alegremente de festa em festa, vociferando disparates com hálitos visivelmente alcoolizados.
Geralmente as temperaturas elevadas, provocam distúrbios hormonais nesta fauna. È um ver se te avias de trocas de namorados e noivados surpresa, que nos são revelados pelas revistas que nem segredos de Estado, capazes de alterar a vida do mais comum dos mortais.
E já repararam que todos os anos, estes seres têm que encontrar um restaurante ou discoteca fetiche? Como se em todo o Algarve, não restassem outras alternativas para divertimento nocturno para proeminentes empresários do ramo de eventos e vedetas futebolísticas.
Eu gosto é do Verão! Principalmente quando ele ganha contornos cor-de-rosa...
Alguém quer convites para a Festa Fim de Verão que iremos realizar este mês no Forte?
Oxalá José Castelo-Branco não apareça por aqui acompanhado da múmia amestrada, com aquele mau costume dele em forçar a entrada em tudo o que é festa!
E D.Felismina, não fique triste se não puder vir! As fotos irão ser publicadas na Caras, que a senhora tanto gosta de lêr no comboio quando vai da Rinchoa até Lisboa para cumprir o seu horário na Servilimpe.
No entanto, Agosto é um mês deveras importante para a imprensa cor-de-rosa, que persegue tenazmente as celebridades instantâneas que grassam no nosso país. Ao contrário da silly-season que se abate sobre a imprensa tradicional, as supostas revistas sociais que surgiram no mercado editorial que nem cogumelos, não têm mãos a medir, dado o elevado número de happenings que ocorrem a Sul.
Muitas das figuras do prestenso jet-set nacional, mostram-se espcialmente activas neste período, parecendo até que hibernam durante os meses mais frios e ressurgindo das cavernas em finais de Junho, para uma grandiosa época estival.
Indiferentes a crises económicas, conjecturas políticas ou até mesmo ondas gigantes no litoral algarvio, eles saltitam alegremente de festa em festa, vociferando disparates com hálitos visivelmente alcoolizados.
Geralmente as temperaturas elevadas, provocam distúrbios hormonais nesta fauna. È um ver se te avias de trocas de namorados e noivados surpresa, que nos são revelados pelas revistas que nem segredos de Estado, capazes de alterar a vida do mais comum dos mortais.
E já repararam que todos os anos, estes seres têm que encontrar um restaurante ou discoteca fetiche? Como se em todo o Algarve, não restassem outras alternativas para divertimento nocturno para proeminentes empresários do ramo de eventos e vedetas futebolísticas.
Eu gosto é do Verão! Principalmente quando ele ganha contornos cor-de-rosa...
Alguém quer convites para a Festa Fim de Verão que iremos realizar este mês no Forte?
Oxalá José Castelo-Branco não apareça por aqui acompanhado da múmia amestrada, com aquele mau costume dele em forçar a entrada em tudo o que é festa!
E D.Felismina, não fique triste se não puder vir! As fotos irão ser publicadas na Caras, que a senhora tanto gosta de lêr no comboio quando vai da Rinchoa até Lisboa para cumprir o seu horário na Servilimpe.
Bauhaus - Bela Lugosi's Dead
Esta noite, oportunidade única para relembrar a mítica banda Bauhaus no palco de Paredes de Coura. Liderados desde sempre pelo vampírico Peter Murphy. Obrigatório o uso de vestes negras!
Esta noite, oportunidade única para relembrar a mítica banda Bauhaus no palco de Paredes de Coura. Liderados desde sempre pelo vampírico Peter Murphy. Obrigatório o uso de vestes negras!
15 agosto, 2006
Apelo ao boicote do turismo no Brasil!
A morte de mais um turista estrangeiro no Brasil, nem deveria ser facto de admiração. Mas desta vez, quero demonstrar a minha revolta pela morte de um português, tal como a imprensa brasileira, o faz com histerismo, sempre que algum cidadão brasileiro é vítima de algum incidente além-fronteiras. Até parece que vivem na paz dos anjos e que todos os perigos residem no exterior!
Falamos de um país onde diariamente morrem dezenas de pessoas vítimas da criminalidade, onde o PCC tem mais poder que as forças policiais e onde as prisões são universidades e sedes do crime organizado. Refiro-me a um país onde se pagam das mais elevadas taxas fiscais do mundo,e, nenhum dos domínios estatais da saúde à educação funcionam de modo satisfatório, onde as grandes cidades são autênticas selvas urbanas, em que os seus habitantes vivem acossados pelo medo rodeados de muros e cercas eléctricas.
Tal como cantavam os Legião Urbana, eu indago: Que país é este?
Eis o meu grito de revolta pela morte do jovem português, André Bordalo de 19 anos, assassinado a golpes de faca em plena luz do dia na praia de Copacabana-Rio de Janeiro. Esta é a minha indignação pela morte de alguém a quem lhe foi apenas roubada uma simples mochila, a comoção porque morreu um rapaz da minha terra, da minha gente, que queria apenas disfrutar de uns dias de lazer. A tristeza de imaginar a dor de uma mãe, que vê o seu filho ser assassinado na sua frente.
O turismo é um dos pontos vitais da economia do Brasil, que recebe com muitos agrado as divisas dos turistas estrangeiros mas que nada faz para zelar pela sua segurança. Até admitiria, com serenidade uma situação deste tipo num local recondito mas este caso teve como pano de fundo, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro.
O Brasil é lindíssimo e recheado de atractivos, mas presentemente não merece ser visitado por ninguém. Por isso eu promovo aqui sem repúdio, um boicote massivo ao turismo no Brasil!
Não iria resolver nada, é certo, mas basta de engolir estas modas impingidas pela indústria do turismo de massas.
Sejamos também nacionalistas quando planeamos as nossas férias, nestes tempos de crise. Será bom relembrar o slogan "vá para fora cá dentro" para descobrir ou redescobrir as belezas de Portugal. Os hoteleiros e a economia nacional agradecem,e, acreditem que até a república socialista é um pequeno jardim do éden quando comparada com a balbúrdia reinante no Brasil.
Manifesto aqui a minha revolta pela morte de um jovem inocente e pela consternação que me causa, ver o maior país do mundo lusófono afundado numa profunda inércia, a todos os níveis da sociedade.
Um país sempre adiado...
Falamos de um país onde diariamente morrem dezenas de pessoas vítimas da criminalidade, onde o PCC tem mais poder que as forças policiais e onde as prisões são universidades e sedes do crime organizado. Refiro-me a um país onde se pagam das mais elevadas taxas fiscais do mundo,e, nenhum dos domínios estatais da saúde à educação funcionam de modo satisfatório, onde as grandes cidades são autênticas selvas urbanas, em que os seus habitantes vivem acossados pelo medo rodeados de muros e cercas eléctricas.
Tal como cantavam os Legião Urbana, eu indago: Que país é este?
Eis o meu grito de revolta pela morte do jovem português, André Bordalo de 19 anos, assassinado a golpes de faca em plena luz do dia na praia de Copacabana-Rio de Janeiro. Esta é a minha indignação pela morte de alguém a quem lhe foi apenas roubada uma simples mochila, a comoção porque morreu um rapaz da minha terra, da minha gente, que queria apenas disfrutar de uns dias de lazer. A tristeza de imaginar a dor de uma mãe, que vê o seu filho ser assassinado na sua frente.
O turismo é um dos pontos vitais da economia do Brasil, que recebe com muitos agrado as divisas dos turistas estrangeiros mas que nada faz para zelar pela sua segurança. Até admitiria, com serenidade uma situação deste tipo num local recondito mas este caso teve como pano de fundo, um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro.
O Brasil é lindíssimo e recheado de atractivos, mas presentemente não merece ser visitado por ninguém. Por isso eu promovo aqui sem repúdio, um boicote massivo ao turismo no Brasil!
Não iria resolver nada, é certo, mas basta de engolir estas modas impingidas pela indústria do turismo de massas.
Sejamos também nacionalistas quando planeamos as nossas férias, nestes tempos de crise. Será bom relembrar o slogan "vá para fora cá dentro" para descobrir ou redescobrir as belezas de Portugal. Os hoteleiros e a economia nacional agradecem,e, acreditem que até a república socialista é um pequeno jardim do éden quando comparada com a balbúrdia reinante no Brasil.
Manifesto aqui a minha revolta pela morte de um jovem inocente e pela consternação que me causa, ver o maior país do mundo lusófono afundado numa profunda inércia, a todos os níveis da sociedade.
Um país sempre adiado...
Morrissey - National front disco
Morrissey, o emblemático ex-líder dos The Smiths, sobre hoje ao palco do Festival Paredes de Coura. O tema aqui apresentado, causou polémica na época do seu lançamento por ser considerado nacionalista e xenófobo. Uma vez mais, o dedo indicador da imprensa de esquerda sempre tão políticamente correcta. Aos que forem peço que atirem muitas flores a este génio da música popular. Because we must!
Morrissey, o emblemático ex-líder dos The Smiths, sobre hoje ao palco do Festival Paredes de Coura. O tema aqui apresentado, causou polémica na época do seu lançamento por ser considerado nacionalista e xenófobo. Uma vez mais, o dedo indicador da imprensa de esquerda sempre tão políticamente correcta. Aos que forem peço que atirem muitas flores a este génio da música popular. Because we must!
11 agosto, 2006
Terrorismo e Espionagem
Os atentados terroristas, ontem abortados no aeroporto de Heathrow-Londres, vêm alertar mais uma vez a sociedade para a complexidade da insegurança permanente, em que os países ocidentais vivem actualmente.
Neste tipo de situação, veio-se a comprovar novamente a necessidade da existência de serviços de inteligência altamente qualificados, no quadro da política de Defesa e Segurança Pública de qualquer Estado moderno.
Em Portugal, os sectores de esquerda mais radical tendem a causar alarido, sempre que a sigla do SIS vem à tona em discussões públicas, a menos que estejam a combater supostos grupos de extrema direita. O SIS ainda não conseguiu exorcizar o fantasma da PIDE, existente no país num passado recente. Mas hoje, verificamos a necessidade urgente de dotar este organismo de maiores recursos tecnológicos e humanos para uma Segurança mais eficiente do Estado.
Por se tratar de uma instituição de cariz secreto, a informação existente sobre o SIS é bastante vaga. No entanto, parece-me que algumas coisas poderiam ser melhoradas no que diz respeito à sua acção no exterior. Dou-vos como exemplo a recente crise em Timor-Leste. Sendo um país estratégico para os interesses portugueses, não vejo razão plausível para ser a CIA, a fornecer os relatórios da situação que se vivia no país. Pelo meu conhecimento, um dos tradicionais modelos de espionagem, passa pela instalação de um agente de informações em cada embaixada no exterior. Não direi em todas, mas pelo menos nas que são consideradas mais importanes para os interesses nacionais. Se existem tantos adidos diplomáticos sem acção visível, porque não substituir alguns deles por elementos de maior utilidade?
Viu-se ontem, o notável papel desempenhado pelo MI6, na sabotagem dos atentados planeados para Londres, demonstrando desta forma que os serviços de inteligência serão os exércitos do futuro. Os inimigos já não se encontram nos campos de batalha, nem se agrupam em exércitos convencionais. O inimigo age nas sombras e esconde-se sob siglas de organizações terroristas transnacionais.
È hora de Portugal, se libertar de uma vez por todas de alguns complexos do passado, e, organizar um serviço de inteligência de primeira linha, que fucione em plena sintonia com as forças policiais e militares. As actividades de inteligência assumem-se agora como um importante pilar de qualquer estratégia de Defesa e Segurança Pública. Enganaram-se todos aqueles que viticinavam o seu declínio após o final da Guerra Fria.
Poderemos até possuir submarinos enferrujados, carros blindados avariados e aviões obsoletos, mas considero urgente a modernização e ampliação de competências do Serviço de Informações de Segurança.
A possibilidade da ocorrência de atentados terroristas em Portugal é diminuta, mas não nos podemos esquecer que a situação geográfica do país favorece a acção de diversas redes criminosas que operam de modo altamente profissional. Somos uma das portas de entrada de narcóticos no continente europeu, surgem as redes de imigração ilegal e prostituição, existem crimes financeiros,etc. Bem sei que no caso do nosso país, as funções do SIS ainda se misturam pouco com as competências das forças policiais, mas seria conveniente uma separação das águas neste campo.
Não sou alarmista, mas temos que deixar de pensar que muitas destas situações só acontecem no quintal do vizinho...
http://www.sis.pt/
Neste tipo de situação, veio-se a comprovar novamente a necessidade da existência de serviços de inteligência altamente qualificados, no quadro da política de Defesa e Segurança Pública de qualquer Estado moderno.
Em Portugal, os sectores de esquerda mais radical tendem a causar alarido, sempre que a sigla do SIS vem à tona em discussões públicas, a menos que estejam a combater supostos grupos de extrema direita. O SIS ainda não conseguiu exorcizar o fantasma da PIDE, existente no país num passado recente. Mas hoje, verificamos a necessidade urgente de dotar este organismo de maiores recursos tecnológicos e humanos para uma Segurança mais eficiente do Estado.
Por se tratar de uma instituição de cariz secreto, a informação existente sobre o SIS é bastante vaga. No entanto, parece-me que algumas coisas poderiam ser melhoradas no que diz respeito à sua acção no exterior. Dou-vos como exemplo a recente crise em Timor-Leste. Sendo um país estratégico para os interesses portugueses, não vejo razão plausível para ser a CIA, a fornecer os relatórios da situação que se vivia no país. Pelo meu conhecimento, um dos tradicionais modelos de espionagem, passa pela instalação de um agente de informações em cada embaixada no exterior. Não direi em todas, mas pelo menos nas que são consideradas mais importanes para os interesses nacionais. Se existem tantos adidos diplomáticos sem acção visível, porque não substituir alguns deles por elementos de maior utilidade?
Viu-se ontem, o notável papel desempenhado pelo MI6, na sabotagem dos atentados planeados para Londres, demonstrando desta forma que os serviços de inteligência serão os exércitos do futuro. Os inimigos já não se encontram nos campos de batalha, nem se agrupam em exércitos convencionais. O inimigo age nas sombras e esconde-se sob siglas de organizações terroristas transnacionais.
È hora de Portugal, se libertar de uma vez por todas de alguns complexos do passado, e, organizar um serviço de inteligência de primeira linha, que fucione em plena sintonia com as forças policiais e militares. As actividades de inteligência assumem-se agora como um importante pilar de qualquer estratégia de Defesa e Segurança Pública. Enganaram-se todos aqueles que viticinavam o seu declínio após o final da Guerra Fria.
Poderemos até possuir submarinos enferrujados, carros blindados avariados e aviões obsoletos, mas considero urgente a modernização e ampliação de competências do Serviço de Informações de Segurança.
A possibilidade da ocorrência de atentados terroristas em Portugal é diminuta, mas não nos podemos esquecer que a situação geográfica do país favorece a acção de diversas redes criminosas que operam de modo altamente profissional. Somos uma das portas de entrada de narcóticos no continente europeu, surgem as redes de imigração ilegal e prostituição, existem crimes financeiros,etc. Bem sei que no caso do nosso país, as funções do SIS ainda se misturam pouco com as competências das forças policiais, mas seria conveniente uma separação das águas neste campo.
Não sou alarmista, mas temos que deixar de pensar que muitas destas situações só acontecem no quintal do vizinho...
http://www.sis.pt/
10 agosto, 2006
José Sócrates em terras de Vera Cruz
O primeiro-ministro português, José Sócrates encontra-se no Brasil para uma visita oficial de quatro dias. Na agenda constam essencialmente matérias económicas, tendo como ponto alto da visita, a assinatura do acordo entre a OGMA de Portugal e a brasileira Embraer, que é ansiosamente esperado pelos trabalhadores de Alverca, desde que o grupo brasileiro adquiriu 65% das acções da empresa, no final de 2004.
A OGMA está a negociar a compra da unidade de manutenção da Portugália e ambiciona a mesma situação em relação à TAP. Para além do negócio da Embraer, e de uma nova parceria entre a Galp e a petrolífera Petrobras, o Governo também deseja impulsionar as exportações portuguesas para o Brasil e o investimento de empresários brasileiros em Portugal. Actualmente, os investimentos portugueses no Brasil somam 8 bilhões de dólares...
A questão da legalização dos imigrantes brasileiros em Portugal, acabou por ser abordada por pressões do Governo de Lula da Silva, uma vez que José Sócrates tinha a intenção de contornar habilmente estes assuntos. Tudo indica que irão ser concedidas mais facilidades aos imigrantes e o processo de atribuição de vistos de residência será feita de modo mais rápido. Pelos vistos Portugal, não está a braços com uma crise económica e existe a necessidade premente de entrada de mais imigrantes no país. No que diz respeito aos emigrantes e empresários portugueses que pretendem fixar residência no Brasil nada foi referido. Muito bem Eng. Sócrates!!! Vossa Exa é um mestre em diplomacia...
Curiosamente, verifico que a imprensa brasileira ignora quase por completo esta visita oficial do primeiro-ministro português. Será que isto reflecte o actual prestígio internacional de Portugal? Ou a imprensa local está mais ocupada com a campanha presidencial em curso, as numerosas CPIs por corrupção ou até mesmo com a final da Taça dos Libertadores?
09 agosto, 2006
Estrela da Amadora vs Atlético do Condado
Esta semana fica marcada, pelo início da digressão do Atlético do Condado. A primeira escala em Portugal, começou da melhor forma para os nossos rapazes com um triunfo sobre o Estrela da Amadora.
Para além da vertente desportiva, existe o propósito dos altos responsáveis do Condado em aproveitar esta viagem, para divulgar a vertente política e ideológica do nosso território utópico. Neste campo as coisas têm corrido de feição, com diversas solicitações para entrevistas a vários orgãos de comunicação social, presença em programas de televisão e audiências com alguns sectores políticos portugueses. Maria-Duquesa da Geira, eleita porta voz do Condado nesta digressão tem-se desdobrado entre declarações para os media e o agendamento de alguns jantares-comício.
Ontem, foi possível reunir cerca de 500 pessoas no primeiro destes jantares, realizado no restaurante da antiga FIL, em Lisboa. Para amanhã está marcado o jantar-comício no Porto, sexta-feira será a vez de Coimbra e Faro encerrará este ciclo de reuniões no próximo sábado.
No que diz respeito ao jogo em si, pode-se afirmar que se tratou de mais uma vitória convincente apesar do placard diminuto.
O Estrela da Amadora (9º classificado da I Liga na época passada) não é uma equipa acessível, quando joga no seu terreno e o Atlético do Condado jogou um pouco retraído nos vinte minutos iniciais. A pouco e pouco, foi-se libertando de algum nervosismo e impôs o seu futebol de características ofensivas.
A equipa da Reboleira não jogou mal, trocando bem a bola entre os seus jogadores mas não conseguindo criar situações de perigo iminente. A única excepção, foi um forte remate de Luís Loureiro aos 37m, que foi correspondido por uma brilhante defesa do guardião João Ricardo.
Na segunda parte, o Atlético entrou bem veloz em campo e obteu o golo da vitória por intermédio do internacional togolês, Adebayor. O golo permitiu encarar o jgo de forma mais tranquila e o Atlético mantinha a sua toada atacante. O Estrela também se mostrava aguerrido, mas novamente com pouca eficácia perto da grande área dos homens do Condado. O 1-0 obtido ao quinto minuto da segunda etapa manteve-se até ao final, para júbilo de Tony-Duque do Mucifal que obteve a segunda vitória consecutiva na sua curta carreira de treinador.
No sábado, o Atlético do Condado mantem-se na linha de Sintra e irá defrontar o Real Sport Clube em Massamá, às 19h.
Estrela da Amadora - Atlético do Condado 0:1
Estádio José Gomes, Amadora, Portugal (09/08/2006) - 8100 espectadores
Árbitro: Pedro Henriques
Estrela da Amadora: Paulo Lopes; Tony (Amoreirinha,45m); Hugo Carreira (Zamorano,73m); José Fonte; Edu Silva (Rui Duarte,60m); Luís Loureiro; Sérgio Marquês; Marco Paulo-cap (Targino,60m); Cleiton (Marcelo,73m); Moses e Dário.
Treinador: Daúto Faquirá
Atlético do Condado: João Ricardo; Patacas; Rolando (Santamaria,75m); Ricardo Rocha; Paíto; Andrej Komac (Gilmar,45m); Hugo Leal; Dominguez (Fajardo,67m); Morais (Tchomogo,87m); Sá Pinto - cap (Cassamá,80m) e Adebayor (Mário Jardel,80m).
Treinador: Tony-Duque do Mucifal
Ao intervalo: 0-0
Golos: Adebayor (50m)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Edu Silva, Paíto e Sá Pinto.
08 agosto, 2006
Uma história que se repete...
Os anos vão passando, os governos sucedem-se e nada muda. O Verão chega e com ele os calamitosos fogos florestais, que lentamente vão destruindo as riquezas naturais do nosso país.
Estamos perante um caso extremo de incompetência de todos os organismos, que regulam esta área, assim como dos próprios proprietários destes terrenos rurais.
Como sempre, os mais afectados são sempre os moradores destas áreas que vivem situações dramáticas, vendo o seu património ser consumido pelas chamas e os bombeiros que todos os anos combatem heroicamente este flagelo. Lamento, que em Portugal esta classe profissional ainda não tenha o seu valor devidamente reconhecido em termos sociais e salariais. Para mim, tem muito mais valor um soldado da paz do que um qualquer militarão de secretaria.
E já que falo em Forças Armadas...Porque não existe um esforço mais eficaz em colocar o exército a realizar mais trabalhos de vigilância florestal e abertura de corta-fogos?
Enquanto nada é feito, as nossas belas paisagens vão-se tornando cada vez mais cinzentas...
UNITA
A UNITA, acrónimo de União Nacional para a Independência Total de Angola foi inicialmente um partido armado que lutou contra o colonialismo português em Angola. Depois da independência deste país africano, passou à guerra de resistência contra o neo colonialismo russo-cubano que associavam aos marxistas do MPLA. Foi liderada durante mais de trinta anos por Jonas Savimbi. Durante um período de tempo, parecia ser a alternativa ideal para liderar o governo angolano mas acabou por se dispersar devido às posições extremadas de Savimbi, acabando por ser co-responsável pela guerra civil que assolou o país durante vários anos. Após a morte do seu líder, a UNITA tornou-se num partido civil e abandonou a luta armada.
A UNITA em Portugal, promoveu uma homenagem ao seu líder no sábado passado, no Hotel Príncipe em Lisboa, numa jornada de reflexão aobre a personalidade do fundador do maior partido da oposição em Angola.
Aqui no Condado, fazemos votos que a UNITA trilhe o rumo do sucesso, desempenhando o papel de uma oposição credível, passando a ter um papel mais determinante no futuro de Angola.
Eis a trancrição do comunicado do delegado da UNITA junto da comunidade angolana em Portugal, Dr. Ruben Sicato:
«Se estivesse vivo, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi completaria amanhã, 3 de Agosto de 2006, 72 anos de idade. A sua vida de combatente destemido na defesa dos ideais de uma Angola mais digna não permitiu que assim acontecesse, pelo que a 22 de Fevereiro de 2002 foi morto em combate nas matas do leste angolano pelas forças governamentais. Para celebrar esta data, às 18H00 do dia 5 de Agosto de 2006, os militantes e simpatizantes da UNITA em Portugal, vão se reunir no Hotel Príncipe, situado na Avenida Duque de Ávila, 201, em Lisboa, numa jornada de reflexão sobre a personalidade do fundador do maior partido da oposição. Os homens que marcaram a História continuam a ser uma referência para os seus países, mesmo depois da sua morte. E ninguém duvida que Jonas Savimbi mudou o curso da História em Angola.
Lisboa, 2 de Agosto de 2006
O Delegado da UNITA junto da Comunidade Angolana em Portugal Dr. Ruben Sicato»
05 agosto, 2006
Comunidade brasileira em Portugal
Hoje foi publicada na Única, revista suplemento do semanário Expresso, uma oportuna reportagem sobre a comunidade brasileira residente em Portugal. Os brasileiros constituem a maior comunidade imigrante residente no nosso país. Os números oficiais do SEF apontam para cerca de 60 mil pessoas, mas todos sabemos que esse número é bem superior.
Grande parte deles, entra no país com um visto de turismo válido por seis meses e acaba por prolongar a sua estadia por tempo indeterminado. Normalmente, são oriúndos da classe média-baixa e procuram na Europa uma alternativa à sua vida de pobreza nos subúrbios das grandes cidades e muitos com dívidas por saldar no seu país. No entanto essa ilusão de mudança de vida muitas vezes transforma-se numa amarga realidade...
Chegados à Europa, não lhes resta grandes alternativas, senão abraçarem empregos subalternos , mal remunerados e com situações contratuais extremamente precárias, visto que muitos deles permanece em território nacional em situação ilegal. Com o objectivo de pouparem algum dinheiro, partilham alojamentos entre si e muitas vezes mal se alimentam. Alguns deles, findo o prazo de validade do seu voo de regresso a casa, vêm-se em situações delicadas e não são raros os casos, em que muitos já não possuem dinheiro para regressar ao Brasil.
Pela minha vivência de Brasil, verifico que existe por parte dos brasileiros uma visão distorcida do suposto Eldorado europeu. Ninguém lhes explica que Portugal de encontra a braços com uma profunda crise económica e são facilmente iludidos com a prespectiva, de virem a auferir salários em euros. Esquecem-se também que os custos de vida na Europa são bastantes superiores e também pagos com os ambicionados euros! Quase todos eles, sonham com um regresso ao Brasil com algumas economias para abrir o seu próprio negócio e poderem proporcionar uma vida mais confortável para as suas famílias.
Verifico com alguma consternação, uma crescente xenofobia em relação à comunidade brasileira em Portugal. Mas para mim, tal facto já não é digno de admiração pois também fui alvo de alguma descriminação no Brasil. Seremos verdadeiramente países irmãos como gostamos tanto de propagandear? Creio que não...
E quais serão as razões que fundamentam a segregação dos brasileiros em Portugal? As diferenças culturais e de atitude são abissais ao contrário do que se pensa. Passado algum tempo, passamos a rejeitar o carácter alegre e expansivo dos brasileiros. Quem não conhece casos de vizinhos, que reclamam dos 10 brasileiros que dividem o T2 no andar de cima e que aos domingos fazem festas com amigos, bebendo para lá da conta?
Mas o maior estigma será em relação às mulheres. Quantas vezes num café ou num supermercado, vemos sorrisos cínicos de homens ao ouvirem uma mulher falar com sotaque brasileiro?
Sabe-se que a grande maioria das prostitutas das boites portuguesas são brasileiras, mas isso é justificativo para se catalogar as pessoas? Será que alguma vez alguém parou para reflectir sobre os reais motivos deste fenómeno?
Muitas das que enveredam pela prostituição, são também ludibriadas com a ilusão de uma vida mais próspera na Europa e inicialmente tentam singrar nos ditos empregos convencionais. Logo verificam que os salários são diminutos e muitas vezes por uma questão de orgulho, recusam-se a revelar às suas famílias situação precária em que se encontram. Escolhem então o rumo da prostituição, que lhes proporciona rendimentos bem superiores, e lhes permite projectar a imagem de emigrante de sucesso quando visitam o Brasil. Está certo, está errado...? È uma questão moral que diz respeito aos valores de cada uma delas. Outras, todos sabemos que são directamente recrutadas no Brasil por redes de prostituição internacionais que as enganam com falsas promessas.
E esses senhores que soltam risinhos e levantam o sobrolho, não serão os mesmos que geram a procura deste tipo de serviços e frequentam as boites da Av.Duque de Loulé às escondidas das suas castas esposas, camuflados em jantares de amigos e horas extraordinárias na empresa?
Também gostaria de aqui revelar a todos, algumas regras desiguais nestes assuntos de imigração que envolvem Portugal e Brasil. O que acontece a um brasileiro que por exemplo vive durante dois anos em situação ilegal no nosso país? Absolutamente nada, a menos que seja flagrado por uma fiascalização do SEF! Se tencionar abandonar o país, entrega o seu passaporte na alfândega, recomendam-lhe que não repita a façanha e nada mais lhe acontece.
O mesmo não acontece no Brasil. Qualquer estrangeiro que exceda o prazo de seis meses do seu visto de turismo, vê-se obrigado a pagar uma coima por cada dia a mais que permanecer em território brasileiro. Se for uma estadia longa, imaginem a conta que o espera no aeroporto! Igualdade de critérios!? Não creio...
Eis uma boa questão para José Sócrates discutir com Lula da Silva, na visita oficial que irá realizar na próxima semana ao Brasil.
E de uma vez por todas temos que regulamentar as questões migratórias no nosso país. È bom para nós e bom para os imigrantes. Existiriam menos ilusões e sonhos desfeitos...
Grande parte deles, entra no país com um visto de turismo válido por seis meses e acaba por prolongar a sua estadia por tempo indeterminado. Normalmente, são oriúndos da classe média-baixa e procuram na Europa uma alternativa à sua vida de pobreza nos subúrbios das grandes cidades e muitos com dívidas por saldar no seu país. No entanto essa ilusão de mudança de vida muitas vezes transforma-se numa amarga realidade...
Chegados à Europa, não lhes resta grandes alternativas, senão abraçarem empregos subalternos , mal remunerados e com situações contratuais extremamente precárias, visto que muitos deles permanece em território nacional em situação ilegal. Com o objectivo de pouparem algum dinheiro, partilham alojamentos entre si e muitas vezes mal se alimentam. Alguns deles, findo o prazo de validade do seu voo de regresso a casa, vêm-se em situações delicadas e não são raros os casos, em que muitos já não possuem dinheiro para regressar ao Brasil.
Pela minha vivência de Brasil, verifico que existe por parte dos brasileiros uma visão distorcida do suposto Eldorado europeu. Ninguém lhes explica que Portugal de encontra a braços com uma profunda crise económica e são facilmente iludidos com a prespectiva, de virem a auferir salários em euros. Esquecem-se também que os custos de vida na Europa são bastantes superiores e também pagos com os ambicionados euros! Quase todos eles, sonham com um regresso ao Brasil com algumas economias para abrir o seu próprio negócio e poderem proporcionar uma vida mais confortável para as suas famílias.
Verifico com alguma consternação, uma crescente xenofobia em relação à comunidade brasileira em Portugal. Mas para mim, tal facto já não é digno de admiração pois também fui alvo de alguma descriminação no Brasil. Seremos verdadeiramente países irmãos como gostamos tanto de propagandear? Creio que não...
E quais serão as razões que fundamentam a segregação dos brasileiros em Portugal? As diferenças culturais e de atitude são abissais ao contrário do que se pensa. Passado algum tempo, passamos a rejeitar o carácter alegre e expansivo dos brasileiros. Quem não conhece casos de vizinhos, que reclamam dos 10 brasileiros que dividem o T2 no andar de cima e que aos domingos fazem festas com amigos, bebendo para lá da conta?
Mas o maior estigma será em relação às mulheres. Quantas vezes num café ou num supermercado, vemos sorrisos cínicos de homens ao ouvirem uma mulher falar com sotaque brasileiro?
Sabe-se que a grande maioria das prostitutas das boites portuguesas são brasileiras, mas isso é justificativo para se catalogar as pessoas? Será que alguma vez alguém parou para reflectir sobre os reais motivos deste fenómeno?
Muitas das que enveredam pela prostituição, são também ludibriadas com a ilusão de uma vida mais próspera na Europa e inicialmente tentam singrar nos ditos empregos convencionais. Logo verificam que os salários são diminutos e muitas vezes por uma questão de orgulho, recusam-se a revelar às suas famílias situação precária em que se encontram. Escolhem então o rumo da prostituição, que lhes proporciona rendimentos bem superiores, e lhes permite projectar a imagem de emigrante de sucesso quando visitam o Brasil. Está certo, está errado...? È uma questão moral que diz respeito aos valores de cada uma delas. Outras, todos sabemos que são directamente recrutadas no Brasil por redes de prostituição internacionais que as enganam com falsas promessas.
E esses senhores que soltam risinhos e levantam o sobrolho, não serão os mesmos que geram a procura deste tipo de serviços e frequentam as boites da Av.Duque de Loulé às escondidas das suas castas esposas, camuflados em jantares de amigos e horas extraordinárias na empresa?
Também gostaria de aqui revelar a todos, algumas regras desiguais nestes assuntos de imigração que envolvem Portugal e Brasil. O que acontece a um brasileiro que por exemplo vive durante dois anos em situação ilegal no nosso país? Absolutamente nada, a menos que seja flagrado por uma fiascalização do SEF! Se tencionar abandonar o país, entrega o seu passaporte na alfândega, recomendam-lhe que não repita a façanha e nada mais lhe acontece.
O mesmo não acontece no Brasil. Qualquer estrangeiro que exceda o prazo de seis meses do seu visto de turismo, vê-se obrigado a pagar uma coima por cada dia a mais que permanecer em território brasileiro. Se for uma estadia longa, imaginem a conta que o espera no aeroporto! Igualdade de critérios!? Não creio...
Eis uma boa questão para José Sócrates discutir com Lula da Silva, na visita oficial que irá realizar na próxima semana ao Brasil.
E de uma vez por todas temos que regulamentar as questões migratórias no nosso país. È bom para nós e bom para os imigrantes. Existiriam menos ilusões e sonhos desfeitos...
Entendimentos à direita?
Manuel Monteiro defende congresso de toda a direita
O presidente do Partido da Nova Democracia defendeu ontem um congresso de toda a direita portuguesa, incluindo o PND, CDS-PP e independentes, para definir uma plataforma política para o país.
Com a devida vénia à Rádio Renascença"É necessário que toda a direita - CDS, Nova Democracia e independentes - faça um congresso para avaliar, em primeiro lugar, pontos de comunhão em termos de pensamento e, num segundo momento, pensar numa plataforma eleitoral alargada se ela for possível", afirmou Manuel Monteiro à Agência Lusa.O presidente do PND afirmou ser "necessário que haja uma plataforma de pensamento, onde se explique ao país o que é a direita portuguesa", sublinhou."O que têm em comum os democratas cristãos, os conservadores e os liberais? É preciso explicar tudo isto", concluiu Manuel Monteiro, após uma visita a Espinho, onde fez uma viagem num barco de pescadores.O líder do PND afirmou ter já apresentado essa proposta de plataforma política ao presidente do CDS, Ribeiro e Castro, num almoço realizado segunda-feira.Manuel Monteiro, que abandonou o CDS em 2002 para fundar a Nova Democracia no ano seguinte, lamentou contudo que o encontro com Ribeiro e Castro tenha suscitado "reacções negativas" no interior do CDS, frisando "não ter nada a ver" com as "guerras" no partido.
Seria bom, que realmente houvesse um entendimento na ala das direitas portuguesas que se encontra fragmentada em inúmeras facções, famílias ideológicas e vítima de inúmeras guerras de egos e vaidades. Para bem de Portugal e de todos nós!
O presidente do Partido da Nova Democracia defendeu ontem um congresso de toda a direita portuguesa, incluindo o PND, CDS-PP e independentes, para definir uma plataforma política para o país.
Com a devida vénia à Rádio Renascença"É necessário que toda a direita - CDS, Nova Democracia e independentes - faça um congresso para avaliar, em primeiro lugar, pontos de comunhão em termos de pensamento e, num segundo momento, pensar numa plataforma eleitoral alargada se ela for possível", afirmou Manuel Monteiro à Agência Lusa.O presidente do PND afirmou ser "necessário que haja uma plataforma de pensamento, onde se explique ao país o que é a direita portuguesa", sublinhou."O que têm em comum os democratas cristãos, os conservadores e os liberais? É preciso explicar tudo isto", concluiu Manuel Monteiro, após uma visita a Espinho, onde fez uma viagem num barco de pescadores.O líder do PND afirmou ter já apresentado essa proposta de plataforma política ao presidente do CDS, Ribeiro e Castro, num almoço realizado segunda-feira.Manuel Monteiro, que abandonou o CDS em 2002 para fundar a Nova Democracia no ano seguinte, lamentou contudo que o encontro com Ribeiro e Castro tenha suscitado "reacções negativas" no interior do CDS, frisando "não ter nada a ver" com as "guerras" no partido.
Seria bom, que realmente houvesse um entendimento na ala das direitas portuguesas que se encontra fragmentada em inúmeras facções, famílias ideológicas e vítima de inúmeras guerras de egos e vaidades. Para bem de Portugal e de todos nós!
D.Afonso Henriques Gate
Actualmente muito se fala em SIMPLEX, mas parece que muitas vezes ainda se gosta de ligar o complicómetro nas profundezas da república socialista.
Alguém me consegue explicar, a razão de tanto alarido em relação à abertura do túmulo do rei D.Afonso Henriques em Coimbra, para realização de investigações científicas?
Será mais um braço de ferro entre as vaidades que opõem o Ministério da Cultura ao IPPAR?
Sua Alteza Real a esta hora, deve andar ás voltas na sua sepultura! Tanto esforço para fundar uma nação de burocratas...
04 agosto, 2006
Hugo Chavéz barrado no Forte
O presidente venezuelano Hugo Chávez, chegou quarta-feira à noite à capital do "nosso" amado Benim (Cotonou) para uma visita relâmpago de 24 horas. Chavez, que partiu do Mali e acompanhado por alguns membros do seu governo, foi recebido pelo colega Boni Yayi.
Durante esta visita, os dois presidentes manifestaram o desejo de uma reforma da ONU para torná-la mais democrática e mais representativa da configuração política e económica actual do mundo, afirma um comunicado conjunto da visita, lido pelo ministro beninense das Relações Exteriores, Aladji Boni.
O presidente Chavéz e seu homólogo anfitrião, defenderam a necessidade de consolidar as relações entre os seus dois países e de aproximar os seus dois povos unidos pela história e pela cultura. Que laços!?
Durante a sua estadia, o chefe de Estado venezuelano inaugurou a Embaixada do seu país no Benim.
A visita de Chavéz ao Benim acontece como parte de uma viagem internacional que passou pela Argentina, Rússia, Irão, Vietnam e Mali.
A cruzada de Hugo Chavéz com o seu marxismo encapotado, em busca de protagonismo político e querendo-se afirmar como porta-voz do Terceiro Mundo é impressionante!
Na passada quarta-feira, logo após o jogo do Atlético do Condado, chegou-nos um comunicado que revelava as intenções de Hugo Chávez em visitar o Condado. Desde logo o seu pedido foi recusado, o Forte encerrou as suas portas até hoje e a mílicia ficou alerta para qualquer tipo de ofensiva populista do venezuelano.
Que fique bem claro, que gente desta índole não é bem acolhida neste nosso estado utópico!
02 agosto, 2006
Fradique sucede a Fradique
As eleições presidenciais de 30 de Julho reconduziram Fradique de Menezes na Presidência de São Tomé e Príncipe. Alcançou 60% dos votos contra apenas 38% de Patrice Trovoada e de cerca de 0,6% de Nilo Guimarães, correspondentes a apenas 340 votos. A abstenção quedou-se por uma fasquia de 36%. Parece que os são-tomenses não se deixaram convencer pelos banhos nas belas praias de águas mornas...
Em São Tomé, Fradique de Menezes é Presidente da República desde 2001 e o seu primeiro mandato ficou marcado por uma grande instabilidade constitucional, dissolvendo o Governo por seis vezes. Estaremos perante mais um caso de amnésia colectiva!?
01 agosto, 2006
Novos links
Encontrarão na coluna do lado esquerdo uma lista de links actualizada a pedido do meu caro colega de exílio Pedro Ferreira, Visconde de Cunhaú.