06 outubro, 2006

 

A Praia

Maria-Duquesa da Geira, acaba de iniciar um período de promoções na sua Livraria Bastião, instalada aqui no Forte. Passei por lá depois de almoço, aproveitando para resgatar um livro que faz parte das minhas referências pessoais e, que durante algum tempo foi uma espécie de bíblia ideológica para muitos viajantes independentes que percorrem o mundo. Falo-vos de A Praia, da autoria do jovem escritor Alex Garland. A temática central da narrativa aborda uma utopia, uma comunidade secreta e auto-suficiente que se refugia numa ilha paradisíaca do Golfo da Tailândia. Esqueçam por completo, a sua adaptação cinematográfica que conseguiu deturpar por completo a essência da obra literária.Não será difícil, encontrar algumas semelhanças entre a história e alguns dos princípios utópicos e fantasiosos que regem os destinos do Condado.

Existem duas edições deste livro no mercado português. Uma primeira, que foi lançada pela Quetzal Editores e outra posterior da responsabilidade da Europa-América, aquando do lançamento do filme.


Alex Garland - um dos maiores fenômenos da literatura inglesa - capta todo o cinismo e a falta de estrutura emocional de sua geração em seu primeiro romance, A praia. Richard, o narrador, é um jovem, fumante inveterado, que descobre nas viagens o melhor meio de fuga de seus problemas, especialmente quando o paraíso da vez se chama Ásia. Richard não está sozinho neste sentimento de alienação contra os padrões sociais - ou seja, compromissos com trabalho e família. Rapidamente arruma companhia em Bangcoc. Um casal de jovens franceses, também viajantes sem destino, prontos para se unirem aos perigos de uma aventura. Encontra ainda uma pessoa que mudará os rumos da viagem e que atende pelo apelido de "Patolino". Hospedado na mesma pousada dos jovens, "Senhor Lino" - momentos antes de cometer suicídio - deixa na porta do quarto de Richard um mapa indicando uma praia paradisíaca de areias brancas e arrecifes de coral, que abriga os jardins do Éden em pleno golfo da Tailândia. Embora desconhecida e de difícil acesso, os três jovens decidem rapidamente conhecer a ilha proibida e partem em busca de Shangri-Lá. A jornada é mais difícil do que imaginavam. Decidem ir a nado. Ao chegar, tentam atravessar uma floresta densa. Quase não sobrevivem ao choque de descobrir que a ilha abriga uma interminável plantação de maconha, guardada por musculosos e nada simpáticos tailandeses. Começa a terrível perseguição. Para escapar, eles pulam do alto de uma imensa cachoeira. São acolhidos por uma comunidade de 30 pessoas de diferentes nacionalidades que escolheram a praia para formar uma sinistra sociedade. Richard adota "Pato" como companheiro imaginário (ou real?) de sua surpreendente viagem pela ilha. Capaz de escrever um romance pop cortado por alucinantes cenas de ação e terror, balanceando a narrativa com frias e calculadas passagens psicológicas, Alex Garland consegue manter o ritmo de suspense até as últimas páginas. "



Comments:
Vejo que vou mesmo ter que ler o livro, que para o filme não tive paciência. Safou-se a ilha que escolheram para as filmagens. Não fosse a quantidade de pessoas que por lá todos os dias passam por causa do filme, e seria realmente paradisíaca. Aliás, foi-o, certamente, antes de ficar famosa.
 
Obrigado, Caro Visconde. Trata-se portanto de uma distopia?
Conhece «A Ilha», de Huxley?
 
Adorei o livro! Fez-me reviver uma viagem de mês e meio que fiz pela Tailândia em 1996, quando ainda vivia em Macau.
Bjos
 
Olá Visconde! Vi o filme e achei uma seca, ainda por cima com o Leonardo DiCaprio como protagonista. Mas acabaste de me dar uma boa ideia: vou comprar o livro.
Uma vénia!
 
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