14 setembro, 2006

 
Pedro Ayres Magalhães II

Recordação saudosa dos Heróis do Mar, banda dos anos 80 que também era liderada por Pedro Ayres Magalhães. O grupo que procurava reinventar e representar sob uma forma contemporânea a mitologia nacionalista tradicional. No início da sua carreira apresentavam-se em palco com uma indumentária estilizada que evocava os trajes militares do século XV e empunhando reproduções das antigas bandeiras medievais portuguesas, a a banda procurava devolver à sua geração o ideal de uma pátria de heróis, mais aventureiros do que santos e permanentemte atraídos pelo amor e pela miragem de terras distantes.
Ambas as bandas, são presença constante das emissões da Rádio do Forte que podem escutar neste blog.

Comments:
Pedro:
Tu és filho único e se eu tivesse que te arranjar um irmão, ele seria o Pedro Ayres Magalhães. Ouvir uma entrevista dele é escutar as tuas palavras dada a convergência de ideiais. Desde que te conheci, verifico que continuas com uma ideia algo fantasiosa de Portugal, que amas tanto a tua pátria que chegas a odiá-la, defendes com firmeza as causas que animam a tua nobre alma e carregas contigo uma melancolia que nunca consegui decifar. O país corpóreo em nada te anima, manténs o teu ideal monárquico e uma ideologia de direita que não tem eco nos actuais partidos políticos.
Sempre te considerei um rapaz vertical, fiel aos teus amigos e que nunca viu o seu valor reconhecido nesta pasmaceira. Se tivesses sido músico serias Pedro Ayres, se tivesses sido político Adriano Moreira, mas no passado deves ter sido um grande navegador! :)
Tu fazes as tua homenagens e eu faço aqui a minha homenagem à tua pessoa.
Um abraço amigo!

P.S. - Outro abraço ao Nuno. Será que ele ainda se lembra de mim?
Não achas que deveríamos convencer o Pedro a escrever uma biografia do Pedro Ayres?
 
"Paixão" ...!!
O grande exito dos Herois do mar!
Velhos tempos!

Bjks da Matilde
 
Olá Visconde! Ah, Heróis do Mar e Sétima Legião fazem-me lembrar o meu tempo de faculdade quando desenhava cruzes de Cristo nas calças de ganga e ensaiava poemas onde caravelas cruzavam os mares. "Dos fracos, não reza a história, cantemos alto, a nossa vitória!" É assim, não é?
Uma vénia!
 
Retrospectivamente, a postura ética e estética dos Heróis do Mar ainda me parece mais heróica hoje. Cresci ao ouvir estes sons e, ainda que não subscreva tudo, sinto que algo com este tipo de pertinência faz falta. Ver o video de 'O inventor', História (e histórias) de Portugal em 3 minutos, fez lembrar o quanto da dinâmica da luta pela identidade está moribunda. Até na música havia bandas que se situavam em lados opostos, e isso era importante e isso era visível. Hoje isto não passa de uma malga de flocos de aveia já frios.

Saudações.
 
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