01 setembro, 2006

 

O meu herói desencantado...


Hugo Pratt estreou-se como autor de BD em 1946, na revista Asso di Picche-Comics. Em 1967 inicia a publicação de A Balado do Mar Salgado, onde pela primeira vez surge a parsonagem de Corto Maltese, marinheiro, arquétipo do aventureiro solitário e desencantado, sempre em busca de outras paragens. Já depois da morte de Hugo Pratt é publicado este romance. Aqui, a inimitável personagem de Corto perde o traço do desenho a favor de contornos literários surpreendentes. Em comum, naufrágios, raptos, mortes e perseguições, amizades tenazes, sonhos e amores irrealizáveis. Eis os fundamentos deste romance, que se inscreve de pleno direito na linha épica de aventura.
Pratt faz uso de uma generosa efabulação que reconstitui com êxito atmosferas, retratos e paisagens que julgávamos perdidas.

Uma personagem obrigatória para todos aqueles que se sentem donos do seu próprio destino e que sonham com aventuras em lugares distantes e exóticos. E porque todos nós travamos lutas heróicas e carregamos algum desalento no coração.

A Balada do Mar Salgado - Hugo Pratt; Editora Contexto (1997)

Comments:
Olá Conde! Às vezes parece que não somos donos do nosso destino. Aliás, o que é o destino?
Uma vénia!
 
Hoje já leio pouca banda desenhada,mas o Corto Maltese,é uma das minhas favoritas.
 
Corto Maltese, Colares (essa bela localidade!)e PP!! Só tu p amores tão distintos. 1 bj de Cabanas :-)
 
Caro Visconde:
Pratt fez-me sempre lembrar Gracq, ou uma atmosfera Jungeriana mais esquerdizada.
É bom.
Abraço.
 
"África, Mãe África!" Perdoem-me os apaixonados,mas ñ sou fã da personagem. Gosto de finais felizes!
 
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