08 agosto, 2006

 

Uma história que se repete...


Os anos vão passando, os governos sucedem-se e nada muda. O Verão chega e com ele os calamitosos fogos florestais, que lentamente vão destruindo as riquezas naturais do nosso país.
Estamos perante um caso extremo de incompetência de todos os organismos, que regulam esta área, assim como dos próprios proprietários destes terrenos rurais.
Como sempre, os mais afectados são sempre os moradores destas áreas que vivem situações dramáticas, vendo o seu património ser consumido pelas chamas e os bombeiros que todos os anos combatem heroicamente este flagelo. Lamento, que em Portugal esta classe profissional ainda não tenha o seu valor devidamente reconhecido em termos sociais e salariais. Para mim, tem muito mais valor um soldado da paz do que um qualquer militarão de secretaria.
E já que falo em Forças Armadas...Porque não existe um esforço mais eficaz em colocar o exército a realizar mais trabalhos de vigilância florestal e abertura de corta-fogos?
Enquanto nada é feito, as nossas belas paisagens vão-se tornando cada vez mais cinzentas...

Comments:
O problema não está na falta de vigilância florestal e de corta-fogos...

Infelizmente tenho vivido este pesadelo na Beira Interior onde estou a residir, e agora também no Alentejo, região de onde sou natural e sinceramente o problema passa por castigar e punir severamente os pirómanos e não considerá-los malucos e mandá-los para casa porque são uns coitadinhos... Aí é que está o problema, se a nossa Justiça não se sabe fazer cumprir e/ou respeitar, deixem o povo fazer justiça!...

Saudações!!!
 
Uma vergonha. estes últimos anos temos todos q ver arder o país (em muitos sentidos, até, mas falo agora mais nas florestas), sabendo que não se faz mais para evitar a situação por causa dos interesses económicos de quem anda no negócio relacionado com o fogo: alugueres de viaturas e helicópteros, comissões especiais para isto e para aquilo, etc, etc.., madeireiros, construtores.. isso tudo.
No brasil tb há disto?
 
Na 5f ou 6f passada comentei com a mnh irmã qq csa cm: "já reparaste q este ano n tem havido tts incendios, nao se compara nd com o ano passado". ao q ela rsp: "ya, pelos vistos a prevençao tem dado resultado". Vem o fds e somos desmentidas, contrariadas, e a prevençao (acho q neste país n sabem o é) é uma utopia... a realidade são as chamadas a consumirem terra, casas, pessoas... isso sim... bj
 
Isto dos fogos florestais tem muito que se lhe diga.

Não concordo a 100% com o que escreves, parte dos problemas que temos em termos de incêndios derivam de politicas erradas ou ausência de politicas de floresta. Não são só os propríetários os responsáveis.

Más politicas de ordenamento do território, escolhas incorrrectas das espécies a cultivar e a desertificação do interior agudizam a situação.

Creio que é fácil perceber que o Estado poderia facilmente ter uma actuação mais eficaz seja colocando militares no terreno como vigilantes, seja reactivando os sapadores florestais, seja "aproveitar" os presos (ou reclusos) para os pôr a trabalhar na limpeza das matas e florestas.

Quanto à questão dos incêndios, não deixa de ser curioso que este ano mal se tenham falado neles até ao momento em que o Primeiro-Ministro está de férias... é de certeza coincidência mas se fosse dado a teorias desconfiava.

Em relação aos soldados da paz versus exercito convencional, têm funções diferentes e é mau caminho pensar que não temos necessidade de um exército convencional.
 
São muitos os interesses em que determinadas áreas ardam. As áreas protegidas convém que ardam pois a troco de uma qualquer reflorestação da treta permite-se construir aonde antes tal não era possível. No fundo o problema não é minimizado porque não querem, pois acabar com incêndios é dificil a não ser que deixe de haver calor em Portugal.

Um Abraço e boa semana,

Pedro Gonçalve.
 
Ainda ontem não havia céu em Ourém (calculo que noutro concelhos também), era também o fumo que só existia cinzento...
 
Passo por aqui algumas vezes mas hoje vou-me estrear como comentadora:
È lamentável que todos os anos sem excepção esta situação se repita. Mas será possível. Sou da Beira Interior e vejo com desolação toda esta região em cinzas. Mais vigilância, corta-fogos e mão pesada nos criminosos que provocam estes fogos.
 
Meu Caro Visconde:
O problema só pode ser atacado de duas maneiras: Como diz o Restaurador, impondo penas capazes a incendiários e mandantes, para o que importaria reintroduzir os trabalhos forçados. Por outro lado, impedindo qualquer ganho com a venda de madeira de terra ardida, bem como fiscalizando efectivamente o impedimento de construir nela, ou de destiná-la à agricultura, numa vertente não-florestal.
Abraço.
 
Bom artigo. Às soluções já apresentadas, uma adição: na reflorestação, optar por espécies mais resistentes ao fogo e tentar que haja alguma diversidade. Assim, o que plantarmos hoje, não arderá daqui a 5 anos.
 
Se toda a aristocracia fosse como vocês, Portugal rapidamente se renderia às vantagens da monarquia.
 
Mais uma vez, uma situação aflitiva... repete-se ano após ano e a floresta e o espaço verde vai-se extinguindo. Quando oq ue deveria ser extinto eram os pirómanos.

:(
 
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