24 agosto, 2006

 

Por um Brasil decente


O Brasil irá a votos no próximo dia 1 de Outubro, para eleger Presidente da República, senadores, governadores estaduais e deputados. As actuais sondagens apontam para uma larga vantagem de Lula da Silva, que a cumprirem-se as previsões venceria as eleições na primeira volta. Um dado curioso, quando os analistas afirmam que quase 60% do eleitorado brasileiro é de direita...

Geraldo Alckmin é o seu principal opositor, apoiado pela coligação de centro-direita PSDB-PFL e que na minha opinião parece ser a pessoa mais indicada para ocupar o cargo. Licenciado em medicina, com vasta experiência política, Alckmin teve como ponto alto do seu percurso profissional, o cargo de governador do estado de S.Paulo onde demonstrou largas capacidades de liderança. Defende como principais metas a atingir, uma melhoria dos programas sociais do Governo e uma redução substancial dos impostos com o intuito de gerar mais investimentos e emprego.

Do outro lado da barricada, temos o populista Lula da Silva que infelizmente ainda personifica as limitadas aspirações das classes mais desfavorecidas, que temem a perda de ínfimas regalias obtidas durante o seu mandato. A população do país não se deveria acomodar com pequenos agrados, passando a exigir menos escândalos políticos, serviços públicos de qualidade, mais segurança e que a enorme chaga do desemprego seja combatida de forma eficaz.
Para tal, são necessárias francas melhorias do sistema de ensino e condições que permitam um maior dinamismo da classe empresarial, sufocada por inúmeros impostos e rígidas leis trabalhistas que condicionam os investimentos e consequente criação de postos de trabalho.

Neste país onde o voto é obrigatório, temos ainda pela frente pouco mais de um mês de campanha eleitoral que espero que sirva para esclarecimento da população, com esperança que a presente tendência de voto possa ser invertida.
Aqui no Condado, torcemos por uma vitória de Geraldo Alckmin que luta por um Brasil melhor. A ver se é desta que o gigante adormecido desperta para os rumos do pleno desenvolvimento.

http://www.geraldo45.org.br/

Comments:
Essa eleição faz-me lembrar aqui e ali o embate entre Mário Soares e Freitas do Amaral nos anos 80...
Gosto da forma como vocês abordam matérias sobre Portugal,África e Brasil neste espaço que se quer lusófono.
 
Não conheço a realidade do eventual bom trabalho que dizes que esse senhor fez em S.Paulo.

Mas com a imagem de anarquia reinante desse canto e avaliando apenas pelas informações que me chegam de marginalidade e insegurança diárias nesse estado, que quase me custa a querer que esse Sr. Dr. tenha mão para um país tão grande e tão repleto de estados como esse.

Abraços
 
Meu Caro Visconde:
Amigos de São Paulo dizem-me que Alckmin é Político de categoria, um realizador. Quanto a Lula trata-se de Lula recheada de... botox. Viu a notícia, não viu? Já estávamos habituados a ver políticos pintando o cabelo. Cedência tão descabelada à propaganda de uma sonhada boa imagem é que estava fora dos hábitos.
Abraço.
 
Como Brasileira, aguardo ansiosamente pelo momento das eleições. O Lula foi uma grande decepção, mostrou-se populista e oportunista, não teve pulso forte para estancar a corrupção (que acontecia sob as suas barbas) e dificilmente conseguirá reverter essa situação.
Tenho um pouco de receio dos candidatos que apostam apenas nos programas sociais e não reestruturam a educação, base para a mobilidade social (quase inexistente no Brasil).
Ainda não fiz a minha escolha, mas tenho pensado muito sobre esse assunto tão importante.
Abraços,
 
Parece ser impecável, mas é honesto????
 
Eu sou um daqueles portugueses que emigraram para o Brasil após a abrilada de 74. O único crime da minha família era pertencer á média burguesia que vivia de negócios ligados às ex-colónias. Na época tinha 17 anos e vivi no Rio de Janeiro até 1983. Hoje sinto-me um pouco arrependido do regresso porque mesmo com a revolução somos um país provinciano, de compadrios e com futuro muito incerto.
O Brasil tem enormes potencialidades, sofre com os seus maus políticos e pela falta de cultura de maioria do seu povo.
Mesmo assim, pondero ainda um regresso a esse país tropical que quer queira quer não tem muito de Portugal.
 
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