04 setembro, 2006
Férias em Cuba

Pois é, esta máxima, que ainda não percebi se foi criada ou não pelo ministério do turismo cubano, tornou-se num chavão usado e abusado quando alguém se refere àquela pequena ilha do Caribe.
Na passada semana, num jantar semi-amigável, semi-familiar, um dos comensais resolveu, numa referência en passant à situação cubana, arremeter a mesma arenga, deixando o resto da comitiva a aquiescer descontraidamente sobre o inatacável teorema. A única réplica verbal que à mesa se ouviu foi "olha, não te importas de me passar o pesto para pôr na massa, que isto já ´tá a ficar muito seco?".
Naquela altura não retorqui, talvez para não ferir susceptibilidades familiares, como não retorqui em tantas outras vezes. Mas, tenho andado a pensar em formas airosas de dar seguimento à conversa. (Diz-se que Francis Scott Fitzgerald era demasiado tímido, e que resolvia quebrar aqueles incómodos silêncios em situações sociais com a seguinte pergunta: "E a senhora, gosta de fazer amor com o seu esposo?"). Na próxima ocasião vou tentar qualquer coisa do género: "Sim, ficarei com muita pena se não for a Cuba com o Fidel ainda vivo... Mas o meu maior remorso é outro, é não ter podido ir à Alemanha nazi! Sei lá, ver as perseguições aos judeus in loco, tirar fotografias ao Reichstag ainda queimado, ver os campos de concentração de perto, ainda com gente lá dentro e tudo... Agora aquilo já não deve ter piada nenhuma! Büchenwald já não é a mesma coisa, falta-lhe... sei lá, falta-lhe... calor humano!"
Pode não ter a mesma acutilância da verve naive do Fitzgerald, mas aposto que o quer que se siga à minha resposta não vai ser: "passa-me aí a garrafa de Alabastro que já não tenho vinho, se fazes favor!"
Comments:
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Olá Visconde!
Confesso a minha ignorância mas nunca tinha ouvido essa frase.Já ouvi outras alarvidades do género «vamos a Cuba para ir às gajas»!
Uma vénia!
Confesso a minha ignorância mas nunca tinha ouvido essa frase.Já ouvi outras alarvidades do género «vamos a Cuba para ir às gajas»!
Uma vénia!
Cara Jade,
Essa frase que refere é apenas uma variação da que cito. Que graça terá Cuba quando for um estado de direito, uma democracia e deixar de ser um destino turístico paradisíaco para os amantes do club med low budget ou dos amantes do turismo sexual (we´ll always have thailand)?
Vénia retribuída!
PS: só um pequeno detalhe, não sou visconde, mas sim conde, senão o blog chamar-se-ia viscondado sebastianista...
Essa frase que refere é apenas uma variação da que cito. Que graça terá Cuba quando for um estado de direito, uma democracia e deixar de ser um destino turístico paradisíaco para os amantes do club med low budget ou dos amantes do turismo sexual (we´ll always have thailand)?
Vénia retribuída!
PS: só um pequeno detalhe, não sou visconde, mas sim conde, senão o blog chamar-se-ia viscondado sebastianista...
Meu Caro Conde:
Mas, repare, o Meu Excelentíssimo Amigo quer ver sistemas em pleno funcionamento, em vez dos restos deles. Os Seus Amigos são coerentes consigo próprios, mais não pretendem que visitar uma ruína.
Abraço.
Mas, repare, o Meu Excelentíssimo Amigo quer ver sistemas em pleno funcionamento, em vez dos restos deles. Os Seus Amigos são coerentes consigo próprios, mais não pretendem que visitar uma ruína.
Abraço.
Ola,
pois essa frase agora anda mt na moda... a maioria das pessoas é tao ignorante ao ponto de n saber quem e q Fidel Castro é na realidade... mas pronto. bj
pois essa frase agora anda mt na moda... a maioria das pessoas é tao ignorante ao ponto de n saber quem e q Fidel Castro é na realidade... mas pronto. bj
Caro Conde, as minhas desculpas. Não lhe troquei o título. Troquei foi a pessoa. Pensei estar em presença do Visconde.De qualquer das formas, uma vénia também para si.
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