25 julho, 2006
E Alegre se fez triste...

Mas eis que senão, surge uma rotunda notícia, daquelas que arrelia os cidadãos e enfurece os citados. O hierático Manuel Alegre passou à reforma "este mês com 3219,95 euros mensais por ter desempenhado, segundo o próprio, durante “pouco tempo”, funções de “coordenador de programas de texto” da RDP (Rádio Difusão de Portugal), segundo a lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) http://www.cga.pt/PubDR/200608.pdf.
O “Correio da Manhã” de hoje avança que o vice-presidente da Assembleia da República esteve apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.", isto segundo a edição de hoje do Público on-line.
Alegre já terá reagido a esta notícia. Segundo o antigo candidato à presidência da República (qual será a reforma de um antigo PR?), o dinheiro que recebe pelos serviços prestados durante três-3-três meses ao serviço da RDP "é quase uma insignificância".
Um dia, quando for feita a história dum país desaparecido chamado Portugal, e ela for contada aos vindouros, eles hão-de querer saber quem foram os culpados pela "falência" daquele "jardim à beira-mar plantado". E hão-de vir os nomes de Salazar e de Cunhal; de Caetano e de Soares; de Sinel de Cordes e de Vasco Gonçalves; do Marquês de Pombal e do engenheiro Guterres...
Mas outros tantos, tantos e tantos "manéis" que se foram aproveitando das debilidades do sistema para se irem amanhando. Aqueles que se refugiaram das suas responsabilidades. Aqueles que cantaram loas ao "Che" mas que levaram vidas pequeno-burguesas, escrevendo encavalitados às costas do zé-povinho, caçando nas coutadas que deviam ao invés lavrar, que andaram pescando, espraiados, o peixe do famélico, bebendo o vinho do sedento, esses ainda tiveram a desfaçatez de dizer que defendiam o pobre, o famélico e o oprimido. Esses foram os verdadeiros traidores da Pátria a que chamo minha...
Comments:
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Se eu soubesse que este senhor era detentor de tamanho talento radiofónico, certamente que o teria convidado para fazer uma "perninha" aqui na Rádio do Forte! :)
Isto mais uma vez é uam afronta a todos aqueles que têm que sobreviver com reformas de 300 euros!
Isto mais uma vez é uam afronta a todos aqueles que têm que sobreviver com reformas de 300 euros!
E que grandes persongens são estes Alegres e Soares da nossa nação!? O verdadeiros heróis antes de 1974 combatiam em África! Esses meninos eram apenas filhos da burguesia que tinham meios para fugir e viver no exílio, fosse ele em Argel, Paris ou o raio que os parta. Os opositores do regime das fábricas e das universidades iam parar com os costados em Caxias,Peniche ou Tarrafal.
é revoltante...
três meses num cargo do qual ele nem se lembrava de ter exercido e recebe uma pensão destas...
e todas as pessoas que trabalham uma vida inteira e recebem pensões que nem para os medicamentos chega...
é o sistema... e as suas falhas...
um beijo doce *
“·.¸Dreams¸.·”
três meses num cargo do qual ele nem se lembrava de ter exercido e recebe uma pensão destas...
e todas as pessoas que trabalham uma vida inteira e recebem pensões que nem para os medicamentos chega...
é o sistema... e as suas falhas...
um beijo doce *
“·.¸Dreams¸.·”
Esse Manel ainda vem falar de superioridade moral? Ele quer é mama! pois por mim, que vá mamar no c....!!!!
Sendo um visitante diário deste blog, não partilhando as mesmas posições politicas da maioria dos textos, tenho encontrado aqui um trabalho com bastante interesse, e pautado pelo rigor dos factos. Hoje relativamente a Manuel Alegre,acho que esse rigor desapareceu, não sendo apoiante de Manuel Alegre, nem pertencendo ao PS,vou transcrever um texto assinado por Vital Moreira (ex-comunista e apoiante do governo PS), para repor algum rigor nesta história:
Os factos: (i) Manuel Alegre era funcionário da RDP quando foi eleito pela primeira vez deputado; (ii) a lei dispõe que os deputados não podem ser prejudicados na sua colocação, pelo que não perdem o seu lugar, mesmo sem exercerem a sua actividade (mas neste caso não recebem a remuneração, obviamente); (iii) Manuel Alegre manteve os descontos para a CGA pela sua actividade suspensa, calculados pela remuneração de deputado, como é de lei; (iv) chegado aos 70 anos, foi compulsivamente e automaticamente aposentado pelo emprego que nunca deixou, com a pensão correspondente à remuneração que serviu de base aos seus descontos para a CGA; (v) porém, continuando a ser deputado no activo, ele não poderá acumular por inteiro a pensão e o vencimento de deputado, tendo de optar por um deles e 1/3 do outro (isto, segundo a nova lei aprovada já neste Governo, pois antes poderia acumular os dois montantes).
Acresce que, se ele tivesse querido, ele poderia ter requerido a reforma logo que perfez as condições para isso, podendo portanto ter acumulado essa reforma e a remuneração de deputado durante vários anos. Em vez de ser louvado por não se ter prevalecido desse privilégio (como muita gente fez...), Manuel Alegre é injustamente acusado de uma imoralidade, sem nenhum fundamento.
[Publicado por vital moreira] 26.7.
http://www.causa-nossa.blogspot.com/
PS: O actual Presidente da Républica,
apoiado pelo PSD,CDS acumula ele próprio várias reformas....
Os factos: (i) Manuel Alegre era funcionário da RDP quando foi eleito pela primeira vez deputado; (ii) a lei dispõe que os deputados não podem ser prejudicados na sua colocação, pelo que não perdem o seu lugar, mesmo sem exercerem a sua actividade (mas neste caso não recebem a remuneração, obviamente); (iii) Manuel Alegre manteve os descontos para a CGA pela sua actividade suspensa, calculados pela remuneração de deputado, como é de lei; (iv) chegado aos 70 anos, foi compulsivamente e automaticamente aposentado pelo emprego que nunca deixou, com a pensão correspondente à remuneração que serviu de base aos seus descontos para a CGA; (v) porém, continuando a ser deputado no activo, ele não poderá acumular por inteiro a pensão e o vencimento de deputado, tendo de optar por um deles e 1/3 do outro (isto, segundo a nova lei aprovada já neste Governo, pois antes poderia acumular os dois montantes).
Acresce que, se ele tivesse querido, ele poderia ter requerido a reforma logo que perfez as condições para isso, podendo portanto ter acumulado essa reforma e a remuneração de deputado durante vários anos. Em vez de ser louvado por não se ter prevalecido desse privilégio (como muita gente fez...), Manuel Alegre é injustamente acusado de uma imoralidade, sem nenhum fundamento.
[Publicado por vital moreira] 26.7.
http://www.causa-nossa.blogspot.com/
PS: O actual Presidente da Républica,
apoiado pelo PSD,CDS acumula ele próprio várias reformas....
Caro Pedro Macieira,
Indo por partes:
- Quanto à legalidade jurídica da reforma, ou seja, se ela preenche os requisitos legais, não tenho nada a dizer.
- Aliás, o próprio Manuel Alegre veio a terreiro dizer que se não fosse a CGA a informá-lo ele nem daria por nada. Pena que a CGA não informe todos os contribuintes das reformas que lhes sejam de direito e que estes se "esqueceram" de pedir. Talvez porque necessitem mesmo delas...
- Agora em termos de legalidade moral, uma pessoa, que aliás é quem é e pugna pelo que pugna, vem receber uma reforma de 3200 euros por ter trabalhado 3 meses, ter passado a deputado durante o resto da sua vida contributiva, e ter descontado o tempo devido como funcionário de uma instituição pública (perguntar-lhe-ia se conhece alguma instituição privada que admitiria uma situação semelhante). Em termos puramente morais, dizia eu, não me venha dizer que não é questionável, para não dizer vergonhoso.
- Alegre vai continuar a receber o seu ordenado por inteiro como deputado e receber apenas 1/3 (1100 euros, se as contas não me falham) pelo trimestre na RDP. Isto porque o governo socrático resolveu introduzir esta disposição para harmonizar a justiça social quanto às aposentações (e para adiar mais uns meses a falência técnica do sistema de segurança social). Será por isto que os "alegristas" se opõem tanto a Sócrates?
- O actual PR, em quem nunca votei, em quem nunca votaria aliás, também afina pelo mesmo diapasão? Não tenho grandes dúvidas em concordar consigo. Ele e os amigos têm-se sabido amanhar à custa do Estado.
- Posso perguntar-lhe outra coisa, se não é demasiada indiscrição: quanto anos tem caro Pedro Macieira? Ou por outro lado, quantos anos lhe faltam de carreira contributiva? É que por agora há segurança social, e o meu amigo, tal como eu, anda a pagar a reforma a estes. Mas quando chegar a nossa altura de receber as devidas compensações pelo que andámos a descontar, será que nessa altura ainda haverá segurança social?
- Ah, e já agora, acaso alguém sabe quando se reforma o Vital Moreira, esse grande lutador pelos direitos, liberdades e garantias do povo português?
Indo por partes:
- Quanto à legalidade jurídica da reforma, ou seja, se ela preenche os requisitos legais, não tenho nada a dizer.
- Aliás, o próprio Manuel Alegre veio a terreiro dizer que se não fosse a CGA a informá-lo ele nem daria por nada. Pena que a CGA não informe todos os contribuintes das reformas que lhes sejam de direito e que estes se "esqueceram" de pedir. Talvez porque necessitem mesmo delas...
- Agora em termos de legalidade moral, uma pessoa, que aliás é quem é e pugna pelo que pugna, vem receber uma reforma de 3200 euros por ter trabalhado 3 meses, ter passado a deputado durante o resto da sua vida contributiva, e ter descontado o tempo devido como funcionário de uma instituição pública (perguntar-lhe-ia se conhece alguma instituição privada que admitiria uma situação semelhante). Em termos puramente morais, dizia eu, não me venha dizer que não é questionável, para não dizer vergonhoso.
- Alegre vai continuar a receber o seu ordenado por inteiro como deputado e receber apenas 1/3 (1100 euros, se as contas não me falham) pelo trimestre na RDP. Isto porque o governo socrático resolveu introduzir esta disposição para harmonizar a justiça social quanto às aposentações (e para adiar mais uns meses a falência técnica do sistema de segurança social). Será por isto que os "alegristas" se opõem tanto a Sócrates?
- O actual PR, em quem nunca votei, em quem nunca votaria aliás, também afina pelo mesmo diapasão? Não tenho grandes dúvidas em concordar consigo. Ele e os amigos têm-se sabido amanhar à custa do Estado.
- Posso perguntar-lhe outra coisa, se não é demasiada indiscrição: quanto anos tem caro Pedro Macieira? Ou por outro lado, quantos anos lhe faltam de carreira contributiva? É que por agora há segurança social, e o meu amigo, tal como eu, anda a pagar a reforma a estes. Mas quando chegar a nossa altura de receber as devidas compensações pelo que andámos a descontar, será que nessa altura ainda haverá segurança social?
- Ah, e já agora, acaso alguém sabe quando se reforma o Vital Moreira, esse grande lutador pelos direitos, liberdades e garantias do povo português?
Caro Ferreira Martins,
Por partes:
Manuel Alegre cumpre ou não todos os requisitos legais para obter a reforma aos 70 anos de idade?
Manuel alegre descontou desde 1975 (segundo as informações que agora são públicas) para a CGD os descontos devidos ao vencimento de deputado que auferiu até prefazer os 70 anos?
O que não acontece a muita boa gente neste país que nem os descontos para segurança social paga, e mesmo na alguma classe empresarial que utiliza os descontos que faz aos seus trabalhadores para usos pessoais, esquecendo-se da razão desse desconto.....
Logo a reforma obtida segundo a fórmula actual corresponderá ao valor de 3.219.95,não por ter trabalhado 3 meses na RDP, mas por por ter descontado durante 31 anos da remuneração de deputado, como Secretário de Estado da Cultura, e agora Vice-presidente da Assembleia da Républica, qualquer das funções como é público com remunerações muito acima da média de remuneração da maioria dos portugueses.
-A legislação actual obriga que os funcionários públicos sejam obrigatóriamente reformados quando atingem a idade de 70 anos. Logo o lugar deixado por eleição do cargo de deputado é o que contabiliza o inicio da carreira de desconto, neste caso a RDP.
Ao contrário das milionárias reformas vitalicias do banco de Portugal ao fim de meia dúzia de anos, ou da administração da Caixa geral de depósitos, a Caixa geral de aposentações descontou durante 31 anos ao Manuel Alegre os descontos correspondentes aos seus vencimentos como deputado, que não é uma profissão, o que pressupõe que o seu emprego fica cativo até terminar o mandato.
O pressuposto legal da situação, não deixa qualquer dúvida.
Pressupostos politicos:
-Como é que Manuel Alegre foi parar a RDP, em 1975?
Como é do conhecimento público Manuel Alegre estava no exilio em Argel foi voz durante vários anos da Rádio Argel em oposição ao governo de Salazar e Marcelo Caetano, depois de ter desertado das forças armadas portuguesas em África, por não aceitar a guerra colonial.
Após o 25 de Abril, aconteceu em Portugal uma alteração politica que é do conhecimento de todos, Manuel Alegre, um dos fundadores do Partido Socialista, ocupou como outros os lugares ocupados pelos fiéis do regime que tinha acabado.
Não sei se fez algum concurso , se foi escolhido por ser do PS, por ser e ter lutado contra o regime anterior, se por ser bom poeta, ou se por ter um excelente timbre de voz...
Se nos lembrar-mos dessa altura até os exames liceais eram administrativos, logo hoje poderia pôr-se em causa alguns quadros brilhantes da nossa praça por terem iniciado a sua carreira de forma menos digna.......
Dando um salto no tempo, como disse não votei em Manuel alegre, portanto sinto-me à vontade sobre este assunto,ao fim de 31 anos de actividade politica, sendo actualmente vice –presidente da assembleia da Républica, não requerendo como poderia ter feito,a reforma da CGD antes dos 70 anos, e face à nova legislação não poder acumular por inteiro com o vencimento de deputado, o que aconteceu a centenas de politicos até agora, considero que esta história lançada neste momento e aproveitada para exemplo do “tachismo” não colhe.....Já agora lembro que embora sendo deputado e militante do PS, Manuel Alegre concorreu contra o seu Partido e contra o candidato oficial, Mário Soares, e que o resultado foi como é do conhecimento de todos um segundo lugar sómente atrás de Cavaco Silva.
Por partes:
Manuel Alegre cumpre ou não todos os requisitos legais para obter a reforma aos 70 anos de idade?
Manuel alegre descontou desde 1975 (segundo as informações que agora são públicas) para a CGD os descontos devidos ao vencimento de deputado que auferiu até prefazer os 70 anos?
O que não acontece a muita boa gente neste país que nem os descontos para segurança social paga, e mesmo na alguma classe empresarial que utiliza os descontos que faz aos seus trabalhadores para usos pessoais, esquecendo-se da razão desse desconto.....
Logo a reforma obtida segundo a fórmula actual corresponderá ao valor de 3.219.95,não por ter trabalhado 3 meses na RDP, mas por por ter descontado durante 31 anos da remuneração de deputado, como Secretário de Estado da Cultura, e agora Vice-presidente da Assembleia da Républica, qualquer das funções como é público com remunerações muito acima da média de remuneração da maioria dos portugueses.
-A legislação actual obriga que os funcionários públicos sejam obrigatóriamente reformados quando atingem a idade de 70 anos. Logo o lugar deixado por eleição do cargo de deputado é o que contabiliza o inicio da carreira de desconto, neste caso a RDP.
Ao contrário das milionárias reformas vitalicias do banco de Portugal ao fim de meia dúzia de anos, ou da administração da Caixa geral de depósitos, a Caixa geral de aposentações descontou durante 31 anos ao Manuel Alegre os descontos correspondentes aos seus vencimentos como deputado, que não é uma profissão, o que pressupõe que o seu emprego fica cativo até terminar o mandato.
O pressuposto legal da situação, não deixa qualquer dúvida.
Pressupostos politicos:
-Como é que Manuel Alegre foi parar a RDP, em 1975?
Como é do conhecimento público Manuel Alegre estava no exilio em Argel foi voz durante vários anos da Rádio Argel em oposição ao governo de Salazar e Marcelo Caetano, depois de ter desertado das forças armadas portuguesas em África, por não aceitar a guerra colonial.
Após o 25 de Abril, aconteceu em Portugal uma alteração politica que é do conhecimento de todos, Manuel Alegre, um dos fundadores do Partido Socialista, ocupou como outros os lugares ocupados pelos fiéis do regime que tinha acabado.
Não sei se fez algum concurso , se foi escolhido por ser do PS, por ser e ter lutado contra o regime anterior, se por ser bom poeta, ou se por ter um excelente timbre de voz...
Se nos lembrar-mos dessa altura até os exames liceais eram administrativos, logo hoje poderia pôr-se em causa alguns quadros brilhantes da nossa praça por terem iniciado a sua carreira de forma menos digna.......
Dando um salto no tempo, como disse não votei em Manuel alegre, portanto sinto-me à vontade sobre este assunto,ao fim de 31 anos de actividade politica, sendo actualmente vice –presidente da assembleia da Républica, não requerendo como poderia ter feito,a reforma da CGD antes dos 70 anos, e face à nova legislação não poder acumular por inteiro com o vencimento de deputado, o que aconteceu a centenas de politicos até agora, considero que esta história lançada neste momento e aproveitada para exemplo do “tachismo” não colhe.....Já agora lembro que embora sendo deputado e militante do PS, Manuel Alegre concorreu contra o seu Partido e contra o candidato oficial, Mário Soares, e que o resultado foi como é do conhecimento de todos um segundo lugar sómente atrás de Cavaco Silva.
Informação adicional.
fonte:Correio da Manhã de hoje,26-07-2006
EXEMPLOS DE REFORMAS DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
CAVACO SILVA (PRESIDENTE DA REPÚBLICA)
Cavaco Silva aufere uma remuneração mensal bruta na ordem de 7100 euros em conjunto com as duas pensões que recebe do Banco de Portugal (2679 euros) e da Caixa Geral de Aposentações, como professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova, no valor líquido de 5007 euros. Cavaco teve de prescindir da subvenção vitalícia (2876 euros) por ter sido primeiro-ministro.
FÁTIMA FELGUEIRAS (AUTARCA DE FELGUEIRAS)
Fátima Felgueiras, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, tem direito a uma reforma mensal de 3500 euros, por ter sido professora de Português e Francês, na Escola Secundária de Felgueiras, durante cerca de uma década, e ao ordenado de autarca. Mas, com a nova Lei foi obrigada a optar por um dos vencimentos que pode acumular com um terço do outro a que tem direito.
MIRA AMARAL (CONSULTOR)
Ex-gestor da Caixa Geral de Depósitos, Mira Amaral saiu daquela instituição com uma reforma de 18 mil euros em Setembro de 2004. Na altura, segundo cálculos de sindicalistas, Mira Amaral acumulava uma pensão como deputado (1,8 mil euros) e como líder executivo da CGD (mais de 16 mil euros). O então ministro das Finanças, Bagão Félix, chegou a classificar de “obscena” a situação meses mais tarde.
CAMPOS E CUNHA (PROFESSOR UNIVERSITÁRIO)
o ex-ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, recebeu durante os dois meses que esteve no Governo, o ordenado de ministro, cerca de 4600 euros mensais, e a uma reforma do Banco de Portugal no valor de oito mil euros. Campos e Cunha abandonou o Governo quando foi impedido de acumular os dois vencimentos, devido à entrada em vigor da nova Lei relativa às pensões e subvenções dos políticos.
PS.Manuel Alegre por ter sido preso politico poderia ter requerido uma a pensão por esse motivo, nunca o fez.
fonte:Correio da Manhã de hoje,26-07-2006
EXEMPLOS DE REFORMAS DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
CAVACO SILVA (PRESIDENTE DA REPÚBLICA)
Cavaco Silva aufere uma remuneração mensal bruta na ordem de 7100 euros em conjunto com as duas pensões que recebe do Banco de Portugal (2679 euros) e da Caixa Geral de Aposentações, como professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova, no valor líquido de 5007 euros. Cavaco teve de prescindir da subvenção vitalícia (2876 euros) por ter sido primeiro-ministro.
FÁTIMA FELGUEIRAS (AUTARCA DE FELGUEIRAS)
Fátima Felgueiras, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, tem direito a uma reforma mensal de 3500 euros, por ter sido professora de Português e Francês, na Escola Secundária de Felgueiras, durante cerca de uma década, e ao ordenado de autarca. Mas, com a nova Lei foi obrigada a optar por um dos vencimentos que pode acumular com um terço do outro a que tem direito.
MIRA AMARAL (CONSULTOR)
Ex-gestor da Caixa Geral de Depósitos, Mira Amaral saiu daquela instituição com uma reforma de 18 mil euros em Setembro de 2004. Na altura, segundo cálculos de sindicalistas, Mira Amaral acumulava uma pensão como deputado (1,8 mil euros) e como líder executivo da CGD (mais de 16 mil euros). O então ministro das Finanças, Bagão Félix, chegou a classificar de “obscena” a situação meses mais tarde.
CAMPOS E CUNHA (PROFESSOR UNIVERSITÁRIO)
o ex-ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, recebeu durante os dois meses que esteve no Governo, o ordenado de ministro, cerca de 4600 euros mensais, e a uma reforma do Banco de Portugal no valor de oito mil euros. Campos e Cunha abandonou o Governo quando foi impedido de acumular os dois vencimentos, devido à entrada em vigor da nova Lei relativa às pensões e subvenções dos políticos.
PS.Manuel Alegre por ter sido preso politico poderia ter requerido uma a pensão por esse motivo, nunca o fez.
Caro Pedro Macieira,
Já lhe disse e volto a repetir-lhe: não vejo nenhuma irregularidade jurídica em toda a questão.
Agora se me põe a questão duma perspectiva meramente moral, aí não tenho qualquer dúvida em afirmar que uma das pessoas que mais se destacou em Portugal, por um lado, pelo discurso socialista utópico e por outro, por certos arremoques anti-políticos ou apolíticos, se venha a fazer valer deste tipo de expedientes para ir para a sua coutada viver dos rendimentos quando se cansar de andar a brincar aos bons samaritanos.
Como bem sublinha, ao certo não se podem determinar quais foram os critérios que guindaram a geração pós-abrilista, ou pelo menos alguns dos seus representantes a determinados cargos públicos: competência, antiguidade, amiguismo, boa voz... nunca o saberemos ao certo. Sabemos, todavia, que o mero facto de se ter sido "anti-fascista", seja lá o que isso for, levou muito boa gente a um nível de vida com o qual o resto dos portugueses apenas pode sonhar.
Sim, ainda me lembro das "mar(i)oscas" que estiveram por trás da escolha do candidato presidencial do PS nas últimas eleições, e que levaram Alegre a candidatar-se contra o seu próprio partido. E lembro-me também que, nos entretantos, os apoiantes de Alegre formaram o Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC). Mas quando se discutir uma vez mais a situação e o hipotético futuro do Sistema nacional de aposentações, estou particularmente curioso para ver qual vai ser a posição oficial do MIC.
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Já lhe disse e volto a repetir-lhe: não vejo nenhuma irregularidade jurídica em toda a questão.
Agora se me põe a questão duma perspectiva meramente moral, aí não tenho qualquer dúvida em afirmar que uma das pessoas que mais se destacou em Portugal, por um lado, pelo discurso socialista utópico e por outro, por certos arremoques anti-políticos ou apolíticos, se venha a fazer valer deste tipo de expedientes para ir para a sua coutada viver dos rendimentos quando se cansar de andar a brincar aos bons samaritanos.
Como bem sublinha, ao certo não se podem determinar quais foram os critérios que guindaram a geração pós-abrilista, ou pelo menos alguns dos seus representantes a determinados cargos públicos: competência, antiguidade, amiguismo, boa voz... nunca o saberemos ao certo. Sabemos, todavia, que o mero facto de se ter sido "anti-fascista", seja lá o que isso for, levou muito boa gente a um nível de vida com o qual o resto dos portugueses apenas pode sonhar.
Sim, ainda me lembro das "mar(i)oscas" que estiveram por trás da escolha do candidato presidencial do PS nas últimas eleições, e que levaram Alegre a candidatar-se contra o seu próprio partido. E lembro-me também que, nos entretantos, os apoiantes de Alegre formaram o Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC). Mas quando se discutir uma vez mais a situação e o hipotético futuro do Sistema nacional de aposentações, estou particularmente curioso para ver qual vai ser a posição oficial do MIC.
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